31 de out. de 2012

Hoje - Dia do Saci

Ilustração de Liberland
Pesquisando sobre Halloween para a postagem anterior, me deparo com uma informação que me era totalmente ignorada: hoje, 31 de outubro, é o Dia do Saci!

Apesar da data já ter sido institucionalizada desde 2003, há 9 anos atrás!, somente agora tomei conhecimento disso. Como assim? Tudo bem que não sou a pessoa mais antenada deste mundo (longe disso, uma vez que falta de ancoramento faz parte da minha personalidade), mas sou o tipo rato de Internet, sempre fuçando aqui e ali para descobrir as coisas, conhecer outras, sem contar que nos últimos três anos venho fazendo algumas pesquisas sobre mitos e lendas do nosso Folclore... e, como ainda não tinha me deparado que 31 de outubro é Dia do Saci?! Aliás, nem sabia que Saci era celebrado!

O Saci-pererê é um Encantado, um ser mitológico do Folclore brasileiro de raízes presumidamente indígenas. A figura do Saci que hoje prevalece foi montada pelos africanos, que deram a sua própria versão à criatura: a de um menino que perdeu a perna numa briga de capoeira.

Em sua essência primordial, o Saci é uma Deidade que possuía todo o conhecimento sobre as ervas e seus poderes de cura no uso em beberagens e remédios. Ele também era tido como o Guardião das matas, a fim de resguardar as plantas sagradas de pessoas curiosas ou que se achavam no direito de coletar as ervas sem pedir-lhe permissão, aplicando a essas pessoas suas traquinagens. Essa face do mito me lembra muito o Orixá Ossain, Deidade africana das folhas e ervas, detentor dos conhecimentos no uso medicinal e guardião das florestas.

Como não há registros iconográficos dos mitos aborígenes, o figura emblemática do Saci-pererê ficou sendo a do garoto negro de uma perna só, fumador de cachimbo, inventada pelos escravos africanos da Região Norte do Brasil, e que ainda recebeu uma contribuição dos colonos portugueses, que foi o gorro vermelho, indumentária emprestada de um Encantado da mitologia europeia, o Trasgo.

A nossa Cultura e o nosso Folclore devem prevalecer sempre, não apenas em datas comemorativas que apenas servem para desencargo de consciência, mas devem - ou deviam - fazer parte do currículo escolar em aulas dedicadas exclusivamente à História Geral do Brasil. Onde encontramos, nas livrarias e bibliotecas, os livros de Luís Câmara Cascudo e Gilberto Freyre que trata das lendas brasileiras? Onde estão os programas culturais nas Casas de Cultura, Bibliotecas e Museus dedicados exclusivamente ao nosso Folclore, com atividades permanentes?

Criar uma data apenas para se opor a uma festividade importada é demagogia. Gerar um patriotismo forçado, criando censuras a quem prefere aquilo que é de outras terras, obrigando a todos ao "politicamente correto", incrimina, marginaliza. Que se tenha a tudo e todos, dando a oportunidade da escolha... a isso sim vale a pena levantar e carregar a bandeira.


Halloween - Dia das Bruxas?

O Halloween se popularizou de tal forma que perdeu quase completamente a sua essência, tornando-se meramente uma festinha mundana para a alegria do comércio. Halloween seria, de fato, "Dia das Bruxas"?

A sua história se perde na noite dos tempos. Halloween remota por volta de 800 a.C., uma tradição criada pelos antigos povos Celtas das regiões da antiga Gália (França) e Ilhas Britânicas (Reino Unido e Irlanda), que celebravam o final do verão com o Festival de Samhain.

Samhain é o "ano novo" no calendário celta, cujo tempo é marcado pelo início e fim das duas únicas estações que eles consideravam: o Verão e o Inverno. Por ser um evento igualmente muito antigo, seu real significado se perdeu entre crendices e Folclores.

Em questão prática, materialista, o Festival de Samhain celebra o final do período das colheitas e começa o "trabalho de formiga", que é fazer as provisões para o Inverno. Também, ainda menos romântico, como é descrito em escrituras que sobreviveram às Eras, o fim do Verão era a época em que as tribos vencidas deveriam pagar os tributos devidos à tribo ou povo vencedor e dominante.

Já pelo Folclore, o festival associa-se à crenças variadas, mudando de acordo com a região, desde o "baixar do véu" que separa o Mundo Médio ("mundo dos vivos", o nosso) dos Outros Mundos ("Submundo" e "Mundo Superior", morada de Deuses e outras criaturas fantásticas, como os sídhes), permitindo que as pessoas enxerguem esses outros mundos e seus habitantes. É quando entra a crença de que, durante o Samhain, os mortos voltavam à Terra para visitar os entes queridos que ficaram, indo se aquecer nas lareiras das casas ou em fogueiras acessas nos campos... dessa crença surgiu o nosso festival de São João com suas fogueiras, mas que muita coisa rolou, se perdeu e se agregou  para chegar ao que conhecemos hoje. 

A crença dos mortos que voltam para visitar os vivos e que são recebidos com fogueiras para aquecê-los e oferendas para alimentá-los, parte de uma tradição natural de "Culto aos Ancestrais", tão importante para os Celtas e seus Druídas. Digo "tradição natural" porque esse culto é encontrado em todos os povos do mundo de todas as Eras, povos tão distantes e isolados que mostra ser impossível que tal tradição tenha sido ensinada de um para o outro. Essa tradição se popularizou por volta do século XIX, pelos imigrantes irlandeses nos Estados Unidos, dando origem ao Halloween.

Essa versão da antiga tradição ocorreu devido à cristianização do povo celta. Halloween é uma corruptela do inglês "All Hallows' Eve" (vigília de Todos os Santos), que tem a ver com a comemoração do Dia de Todos os Santos, uma homenagem a todos os santos e mártires que morreram em nome de Cristo. Então, temos: Halloween, que é o preparo de véspera para uma celebração católica, o Dia de Todos os Santos que, por sua vez, precede o Dia de Finados = 31 de outubro, 01 e 02 de novembro.
  
O termo "Dia das Bruxas", mais uma vez, vem da Igreja Católica ao endemonizar tudo aquilo que não convém aos seus interesses, sejam Deidades, Folclores ou Tradições.

Durante a Idade Média, na febre da perversidade em destruir tudo aquilo que ia contra os interesses da Igreja e, ainda mais, dos interesses de homens que usaram a Igreja e o cristianismo como desculpas para suas maldades e sadismos, as pessoas que praticavam o culto à Natureza foram acusadas de práticas de bruxaria e pactos com demônios, sendo julgadas como bruxas e, na maioria das vezes, condenadas às mortes mais cruéis. Como Samhain era uma dessas tradições pagãs de culto à Natureza, o festival foi igualmente condenado pelos "cristãos", e aqueles que eram pegos comemorando a data eram imediatamente condenados pela Inquisição e mortos nas próprias fogueiras que acendiam aos seus Ancestrais, que acabou por chamar Samhain de "Dia das Bruxas".

Conhece o ditado "Se não pode vencê-los, junte-se a eles"? Pois é isso que acontece à Aculturação. Como os "cristãos" perceberam que seria impossível acabar definitivamente com o antigo festival celta, o que fizeram foi torná-lo conveniente aos interesses da Igreja, tornando o 31 de outubro como uma festa de vigília para o Dia de Todos os Santos.

Por outro lado, também pode ter ocorrido o mesmo que ocorreu no Brasil em ocasião da escravidão, quando os africanos, para continuarem a culturar suas Deidades (Orixás), os "camuflaram" em "Deidades católicas" (os Santos), ocasionando o que se chama de Sincretismo Religioso. Isso também pode ter acontecido entre os pagãos convertidos à força, que se submeteram aos dogmas da Igreja para permanecerem vivos. E, por baixo dos panos, numa resistência silenciosa, continuaram suas tradições, o que fez que algo delas se mantivesse até hoje. Esse fato é relatado, por exemplo, no livro de Simone Marques, Paganus, que você pode conferir na resenha que fiz para o blog Alternativos & Independentes.

O Dia das Bruxas no Brasil:

Bruxas e Brasil são duas palavras que, numa mesma frase, ficam estranhas. Imagine, então, Dia das Bruxas brasileiro? Pois, graças à globalização, à indústria e comércio, e aos Cursos de Inglês que se expandiram aqui na década de 1960, o "halloween brasileiro", vulgo Dia das Bruxas, se infiltrou na nossa Cultura Pop e, hoje, há quem leve a data a sério, promovendo até eventos relacionados.

Os Nacionalistas radicais, no entanto, se condoeram e muito com isso. Numa tentativa injustificada de protesto e oposição ao Dia das Bruxas, foi instituído o Dia do Saci, pelos políticos Chico Alencar e Ângela Gaudagnin. Foi fundado até uma associação em função dessa resistência, o Sosaci.

A questão é que a nossa Cultura, nossas Tradições e nosso Folclore estão definhando não por conta da importanção da Cultura de fora, mas porque aqui mesmo nunca se valoriza o que é nosso e, nesse desavalorizar o que é da terra, isso pode até se chamar também de uma "tradição brasileira"! Se temos um dos piores ensinos do mundo, que forma profissionais sem estes saberem o básico da própria língua, como espera que mitos e lendas de um Brasil rural que já mal existe prevaleça nesta Era da Informação, em que a globalização aproximou pessoas e culturas?

É muito simples e mesmo muito barulhento se mostrar um patriota indignado com a Cultura Pop, de Massa, que agora não encontra mais fronteiras para entrar e se instalar num território. Mas o que é feito, de fato, além de jogar sobre uma data popular outra data que pensa poder se tornar popular? Apenas a fama de uma, ao se levantar polêmicas contra ela, e a antipatia à outra, ao querer impô-la pela força.

Saci-perere de Ziraldo.
Temos 365 dias durante um ano. É até descaso e desconsideração relegar o Folclore nacional e seus mitos à simples símbolo de resistência ao inevitável, que é a Aculturação, principalmente neste mundo globalizado em que as informações têm a velocidade do pensamento.

Uma política de incentivo ao produto nacional é o que falta, assim como uma revisão e reestruturação da nossa Cultura e Educação. Com o descaso que é tratado tudo que é daqui (desde às nossas Tradições até a nossa gente), os nossos mitos e nossas lendas desaparecerão naturalmente sem que haja a interferência do produto estrangeiro.

Só para constar: Dia das Bruxas ou Halloween NÃO é uma data comemorativa institucionalizada no Brasil. É apenas uma festividade, um entretenimento importado tal qual é o Mangá, o Cinema americano que tomam conta das telas, os comics de super-heróis. Se essas coisas importadas dominam o mercado que não abre espaço para o produto nacional, de quem é a culpa?




30 de out. de 2012

Saúde do Espírito - A somatização no uso das drogas


Sabe-se pela Medicina Integrativa, Holística, que as doenças são meras somatizações dos reais problemas que jazem em nosso cerne, doenças criadas a partir do nosso desequilíbrio espiritual. Quando os sintomas atingem o Soma - o corpo físico, carnal - pode-se dizer que essas doenças chegaram ao estágio terminal. Como falado na postagem sobre a autocura através do Reiki, a doença iniciada no corpo espiritual (astral), criada no nosso campo mento-emocional, se não sanada em sua raíz, tende a se "infiltrar" nos corpos etérico e físico, "atravessando" planos dimensionais e aflorando no plano físico, em nosso corpo. Portanto, tratar apenas os sintomas aparentes no corpo físico não sana o seu mal inicial, como acontece com a medicina alopática, que além de tratar a pessoa como um mero órgão doente, esta medicina tende a ser mantenedora das doenças, jamais encontrando a cura definitiva. O que ela faz é apenas uma poda na erva daninha.

Na questão do uso das drogas, temos aí um revertério. A doença mento-emocional leva a pessoa a recorrer ao uso das drogas e as drogas devolvem a elas a intensificação dessa doença, trazendo desordens no corpo etérico - o corpo de matéria sutil, semimaterial, intermediário entre os corpos físico e astral, que também é aniquilada com a morte do veículo físico. Essas desordens atingem primeiramente os chakras, que são os órgãos do corpo etérico responsáveis pela "transmissão de dados" entre os corpos físico e astral e também catalizadores e distribuidores de Energia Vital para o corpo físico. Formando matéria bioplasmática deletéria que se grudam aos chakras, dificultando e até suspendendo o seu funcionamento, obstruíndo os canais de transmissão entre eles, chamados Nadis. Sem o adequado funcionamento dos chakras para manter saudável o corpo etérico, há a perda gradativa de Energia Vital, ocorrendo "rasgos" nesse que funciona como verdadeiro escudo de proteção e defesa entre os corpos físico e astral. O resultado disso, nos viciados em drogas, é que eles ficam extremamente vulneráveis às "visões" e "contatos" com o plano astral de baixa vibratória, daí eles terem "alucinações" muitas vezes bizarras e mesmo macabras. Com o total desarranjo do corpo etérico, as influências perniciosas presentes no nosso plano terrestre - seja no astral ou físico - acaba por agravar ainda mais aquela doença presente no corpo mento-emocional da pessoa, e esta responde com intensidade mais agravada ainda, somatizando doenças terríveis no corpo físico.


Não é preciso entender nada dessas coisas para poder ver com nossos sentidos básicos o quanto as drogas são altamente destrutivas. A seguir está a transliteração de um texto em inglês, extraído do site
Planet Oddity, em que mostra fotos de "antes" e "depois" dos efeitos devastadores das drogas sobre os viciados. Note não apenas as erupções na pele, que são em 100% desses casos mostrados, mas note, principalmente, a desorganização das expressões e olhos dessas pessoas.
Continue lendo a postagem no Blog Matéria Astral, onde publiquei originalmente este texto. 
Para complementar, leia o texto "As emoções originando doenças", também no mesmo blog.

29 de out. de 2012

Hoje - Dia Nacional do Livro

Em 29 de outubro de 1810, foi fundada a Biblioteca Nacional, recebendo a Real Biblioteca Portuguesa, transferida aqui para o Brasil. Este fato foi um marco tão importante que a data acabou sendo estipulada para a comemoração do Dia Nacional do Livro.

Com mais de 200 anos de atraso, os livros começaram a ser impressos no Brasil em 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil. O príncipe-regente Dom João fundou a Imprensa Régia, hoje chamada Imprensa Nacional. Até então, era terminantemente proibido às colônias da América Portuguesa a impressão e publicação de qualquer material, desde folhetos e jornais até livros! Sim, a nossa História é permeada por encostos e atrasos-de-vida! A Gazeta do Rio de Janeiro foi o primeiro jornal a ser publicado por aqui, em 10 de setembro de 1808.

História à parte, o importante no momento é saber que temos um Dia do Livro somente nosso e que esse dia é HOJE! Pois, o Dia Internacional do Livro já foi em 7 de outubro e eu nem me toquei quanto a isso, daí que ficamos sem postagem homenageando o dia... 

Mas, a melhor forma de se comemorar o Dia do Livro, seja ele em 7 ou 29 de outubro, é LENDO um LIVRO, obviamente. Inscreva-se numa biblioteca, faça downloads de ebooks gratuitos (eu mesma tenho 3 disponíveis para download, com os links na coluna esquerda) ou, se ainda houver dinheiro nesse finzinho de mês (ou se já te adiantaram o salário), comemore dando-se de presente aquele livro que tá querendo há tempos!

Para quem é do Rio de Janeiro, nós temos o Projeto Mais Leitura, um incentivo à leitura do Governo Estadual, da Secretaria da Casa Civil, da Imprensa Oficial e do Rio Poupa Tempo. São livro novos, zerados, vendidos ao preço de custo. Veja onde encontrar, clicando aqui.
O Projeto Mais Leitura, criado para democratizar o acesso à cultura, disponibiliza grandes obras literárias a preços populares. Para adquirir a sua, vá às unidades do Rio Poupa Tempo e procure a Agência da Imprensa Oficial.
Tenha um prazeroso finalzinho do Dia Nacional do Livro. Se está aqui, sei que gosta de leituras, portanto é inútil dizer, mas... divirta-se com o seu melhor amigo, o Livro: aquele carinha que te dá as respostas que você quer sem te perguntar para quê quer saber e sem te pedir nada em troca pela informação ;)

Deliciosa leitura hoje, amanhã e sempre!

Exposição - Portinari com Humor

Sábado, dia 27, fui até Niterói, na Sala de Cultura Leila Diniz, onde está em exposição a mostra "Portinari com Humor", sob a curadoria do meu Professor de desenho Zé Roberto Graúna.

A mostra é uma homenagem póstuma em decorrência dos 50 anos de falecimento do pintor Cândido Portinari, um dos maiores artistas plásticos do Brasil, reconhecido internacionalmente.

Cândido Portinari nasceu em São Paulo, em 1903 e morreu no Rio de Janeiro, em 6 de fevereiro de 1962. Dentre suas pinturas mais importantes, destacam-se "Guerra e Paz", "Meninos e piões", "A descoberta da terra".

A visitação foi em companhia do curador da Exposição, meu antigo professor dos tempos de Senac,  Zé Roberto Lopes (do saudoso jornal A Graúna), a Irmã dele (a quem finalmente tive a sorte de conhecer, quase 20 anos depois!) e Zé Andrade, escultor e pessoa de rara personalidade.

Depois de quase 10 anos, voltei a curtir a viagem de barca da Praça XV à Niterói, pendurada na janela feito criança apreciando a paisagem; almoçamos no Mercado São Pedro e, depois de um bom prato e ótimo papo, partimos para a Sala de Cultura.

Acho que estou mal acostumada às tradicionais Casas de Culturas que costumo visitar, pois esperava um casarão antigo sobrevivente readaptado para se tornar um espaço de exposições. Nada disso. É um prédio de único pavimento recentemente construído exatamente para esse fim! Uma iniciativa da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro para apoiar a produção artística e cultural - palmas para eles!


Um espaço para mostrar a sua arte.
Criada para apoiar e incentivar toda produção cultural.
Um espaço moderno e prazeroso, onde além de apreciar as diversas formas de arte em exposições, pode-se desfrutar da beleza dos jardins inspirados no genial paisagista Roberto Burle Marx.
Rua Professor Heitor Carrilho, 81 - Centro - Niterói - RJ
De Segunda a Sexta das 10h às 17h
Sábado de 14h às 17h
Entrada franca!



A exposição é uma mostra coletiva com 33 artistas que criaram caricaturas, cartuns, pinturas e esculturas, dentre eles, das obras que mais apreciei: Zé Andrade, Márcia Mendes, Zé Roberto, Guidacci, Mônico Reis e Cris Pires. Arte Digital, reciclagem de materiais, colagens de tecidos sobre papel, esculturas em terracota, papel marché e até durepox sobre discos de vinil! A criatividade foi além da tela e papel! Apenas uma coisinha me incomodou: o uso da mesma foto de referência de Portinari em muitas obras, o que deu a impressão de serem gravuras de um mesmo autor. As obras, individualmente, mantêm sua boa qualidade, mas numa obra coletiva ela acaba se tornando repetitiva e tira um pouco o brilho individual de cada uma delas. A ousadia faz parte da Arte e não é só porque não se encontrou outra referência sobre um objeto que não se pode torcê-lo e retorcê-lo para diferenciá-lo da própria referência.


Para quem ficou super interessado na mostra, fique esperto! A Exposição Portinari com Humor se encerra no dia 31, na próxima quarta-feira! Porém, não se desespere caso não possa comparece: há a intenção do projeto se estender além da Sala Leila Diniz. Para se manter informado, acesse o blog do curador Zé Roberto Graúna, para saber desta e outras exposições, além de tudo que é referente às Arte Gráficas brasileiras.
A Sala de Cultura Leila Diniz, espaço cultural que acaba de completar 1 ano de atividades, abre suas portas para a exposição Portinari com Humor, mostra coletiva com 33 artistas que criaram caricaturas, cartuns, pinturas e esculturas para homenagear o pintor Candido Portinari.
A ideia do evento é lembrar os 50 anos de ausência do pintor brasileiro que faleceu em 1962, no dia 6 de fevereiro. A inauguração acontecerá no próximo dia 4 de outubro, às 18h, permanecendo na galeria até o dia 31.

Para prestigiar a terra de Arariboia, foram convidados os desenhistas Adam Rabello, André Flauzino, Cesar Guedes e Denis Mello, que residem em Niterói. Além dos desenhistas niteroienses, a lista se completa com artistas de diversas localidades do país, são eles: Adail, Alessandra Nogueira, André Brown, Bárbara Sotério, Biratan, Cida Calu, Glen Batoca, Cris Pires, Guto Respi, Guidacci, Hermé, Inês Maciel, J.Bosco, Jeff Bonfim, Junior Lopes, Liliana Ostrovsky, Luiz Mondego, Magon, Marcia Mendes, Marguerita Bornstein, Mônico Reis, Nei Lima, Pedro Dias, Romero Cavalcanti, Rose Araujo, Shimamoto, Souza, Zé Andrade e Zé Roberto Graúna.
A Sala de Cultura Leila Diniz fica na sede da Imprensa Oficial do Rio de Janeiro, Rua Heitor Carrilho, 81, Centro de Niterói.

28 de out. de 2012

Reiki - Método de Autocura e Cura Através das Mãos

 
"Só por hoje:
Não se preocupe
Não se aborreça
Honre pais e mestres
Trabalhe honestamente
Seja gentil com todos os seres"
Kotodama: os 5 preceitos do Reiki

Reiki é a Energia Vital Universal e o termo foi cunhado por Mikao Usui, o redescobridor desta que é um dos muitos métodos de cura e autocura através das mãos, canalizando a Energia Vital para o próprio corpo ou para qualquer outro corpo, desde que seja organicamente vivo - nisso inclui-se os Animais e Vegetais.

Mikao Usui não deixou biografias escritas a seu respeito e quase nada se sabia sobre ele até o início da década de 1990. Com a falta de informações sobre o fundador da técnica de cura, fábulas foram inventadas, entre elas de que ele era um monge cristão que lecionava religiões na universidade Doshisha de Kyoto. Na ocasião, ele ensinava as passagens bíblicas das curas efetivadas por Jesus quando um aluno mais curioso perguntou como Jesus operava tais curas... de acordo com a versão mítica da iniciação de Usui na busca pelo que seria, posteriormente, a técnica de cura Reiki, Dr. Usui ficou tão chocado com a pergunta que ele não tinha resposta, que começou a buscar por tal resposta freneticamente, encontrando-a anos depois nuns escritos muito antigos que ele teve que traduzir do sânscrito. Mas não pára por aí! Depois de anos aprendendo uma língua extinta e traduzindo pergaminhos de mais de mil anos, Usui descobriu que somente se iniciava na técnica do Reiki se houvesse um mestre para isso! Obviamente, depois de 1500 anos, não havia mais mestres vivos, por mais Reiki que eles tivessem praticado. Então, Usui se isolou no alto de uma montanha e pôs-se a meditar e por lá ficou, meditando, por 21 dias, quando ele finalmente foi iniciado por... Deus! Ele recebeu, diretamente em seu chakra frontal, as luzes que representavam cada um dos 4 símbolos iniciáticos e, à partir daquele momento, Usui tornou-se um canalizador da Energia Vital Universal.

A história até é bonitinha, mas exagerada demais para ser verdade. Provavelmente foi inventada para que houvesse uma maior disseminação e melhor aceitação do Reiki nos países ocidentais fundamentalmente cristãos. Jesus não usava técnicas de curas. Ele ERA a própria cura. E ao afirmar que o Reiki apenas pode ser iniciado por um mestre... bem, já deu pra entender a técnica de merchandising por detrás disso, certo?

Assim como todas as Filosofias e Religiões, os Métodos de Cura também são belos e puros em sua essência. Postando de lado a questão humana de querer fazer dinheiro e poder com tudo, aproveitando-se da perfeição contida na técnica, na filosofia ou na religião, e, por outro lado, da boa vontade e ânsia de aprender e repassar dos outros, o Reiki é uma dessas maravilhosas técnicas de cura e aperfeiçoamento da "Nova Era" (cujo termo já está ultrapassado), uma Terapia Holística que trata o ser em sua inteireza, tal qual ser uno ele é: corpo, mente e espírito. Considerando a premissa de que somos espíritos encarnados e o mal que afeta o nosso corpo somático (o corpo físico de energia aglutinada em baixa vibração, formando a matéria densa) forma-se, primeiramente, no corpo espiritual e corpo mental, e é lá que a doença deve ser tratada, em sua raiz. A doença projetada no corpo físico já chega num "estágio terminal", quando o seu princípio está tão agravado que consegue romper as barreiras naturais entre os corpos sutis, ultrapassando planos dimensionais e aflorando no soma. Portanto, para fazer com que uma árvore seque definitivamente e pare de frutificar, é necessário atingir a sua raiz, eliminando-a para sempre e, uma vez eliminado o mal pela raiz, em seu princípio e núcleo, ele nunca mais florescerá.

E, assim como tantas outras terapias naturais, o Reiki, que é o processo de cura e harmonização através das mãos, vem como poderoso auxiliar no combate às doenças de nossa época e, o mais importante, um mantenedor da saúde, quando alguém ainda somaticamente saudável, faz uso da técnica para manter a harmonia em seus corpos sutis, evitando que as doenças se formem e, se já formadas, que sejam eliminadas antes que atinjam o corpo físico.

Falaremos mais em outra hora...

27 de out. de 2012

100 Anos do Bondinho do Pão de Açúcar

Selo comemorativo aos 100 anos do Bondinho do Pão de Açúcar - Correios.

Há 100 anos, em 27 de outubro de 1912, um audacioso projeto foi inaugurado: o teleférico que ligaria o morro da Babilônia ao morro da Urca e o morro da Urca ao pico do Pão de Açúcar: era o Bondinho do Pão de Açúcar que, imaginavelmente à época, transportaria 40 milhões de pessoas ao longo da sua história!

O projeto foi idealizado pelo engenheiro Augusto Ferreira Ramos. Àquela época, só se atingia o cume através de escaladas e foram escaladores que ajudaram a concretizar essa magnífica obra! Cerca de 400 escaladores subiram na raça, coragem e muito muque as peças para a montagem do teleférico, sendo que os cabos foram puchados por último, com a ajuda de um guincho. Os pinos usados pelos escaladores ainda estão fincados na rocha do Costão do Pão de Açúcar, como uma prova histórica da sua heróica construção.

Antes do Bondinho, apenas outros dois teleféricos existiam no mundo: o do Monte Ulia, na Espanha, com uma extensão de 280 metros e que foi construído em 1907; e o teleférico de Wetterhorn, na Suíça, com um extensão de 560 metros, construído em 1908.

Ficou ainda mais famoso quando serviu de cenário para o filme "007 - Contra o Foguete da Morte", de 1979. No filme, o vilão chamado Dentes de Aço parte um dos cabos com os incríveis poderosos dentes! Não só dentes extremamente fortes o vilão possuía, mas uma mandíbula pra pitbull nenhum botar defeito, além de um enorme bocão, obviamente (vai um autor nacional escrever um absurdo desses pra criticazinha cair matando encima!) :P Também foi no Pão de Açúcar que aconteceu o lançamento da segunda parte do filme "Harry Potter e As Relíquias da Morte", com a presença ilustre de Tom Felton, o intérprete do personagem Draco Malfoy, tendo uma seção de cinema no Morro da Urca.

Aberto à visitação de segunda a domingo, hoje, por conta do aniversário de 100 anos, haverá um horário diferenciado para as viagens. Para saber maiores detalhe, acesse o site oficial do Bondinho.



Viradão Impressionista no CCBB RJ

Meu povo do Rio de Janeiro:

Não venho falando, nas postagens dos últimos finais de semana, que a Cultura e a Arte no Rio estão efervecentes? Que, finalmente, esta Cidade de bundas-praias-carnaval está crescendo e virando gente grande, de verdade? Pois são as Artes e as Culturas que definem o grau de civilidade de um lugar.

Neste fim de semana, começando hoje, sábado, à partir das 9 horas da manhã e vai até amanhã, domingo, às 9 horas da noite, o VIRADÃO IMPRESSIONISTA NO CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). E será non stop, 36 horas diretas para curtir as 85 obras-primas do acervo do Museu d’Orsay, de Paris, com as maravilhosas obras que a maioria de nós apenas viu em livros e na internet. Paul Cézanne, Paul Gauguin, Claude Monet, Edgar Degas, Pierre-Auguste Renoir e Vincent Van Gogh são apenas alguns dos grandes gênios da pintura impressionista que estão expostos no CCBB.

E, pra ficar perfeito: é 0800, di grátix! Entrada franca! E ae, vamos? Quem sabe não nos encontramos por lá, ainda hoje?

Impressionismo: Paris e a Modernidade – Obras-Primas do Museu d’Orsay

4 Ago a 7 Out
Local: Subsolo, térreo, 1º, 2º, 3º e 4º andares | CCBB SP

Horário: Terça a domingo, das 10h às 22h 

A exposição traz pela primeira vez ao País uma seleção de 85 obras-primas do acervo do Museu d’Orsay, de Paris, e ocupa todos os espaços do CCBB. A mostra, que reflete a história da pintura ocidental no período que compreende a segunda metade do século XIX e início do século XX, é dividida em módulos temáticos que apresentam as obras de Camille Pissaro, Claude Monet, Edgar Degas, Edouard Manet, Henri Toulosse-Lautrec, Paul Cézanne, Paul Gauguin, Pierre-Auguste Renoir e Vincent Van Gogh, entre outros mestres.

A curadoria é de Guy Cogeval, presidente do Museu d’Orsay; Caroline Mathieu, conservadora chefe do Museu d’Orsay e de Pablo Jimenez Burillo, diretor-geral da Fundación Mapfre.

26 de out. de 2012

Lua Crescente e Árvore da Vida

Apesar de muita inutilidade, o Faceboook é realmente um bom local para se descobrir fotos interessantes.

A foto interessante de hoje é dessa duplinha super fofa que vai arrancar muito "oooownnnn" de quem ver, tenho certeza. Mas não é sobre a fofura dos dois filhotes, num encontro no mínimo peculiar, que quero comentar.

Olhe bem pra cara do veadinho (no bom sentido; se preferir, pode chamá-lo de 'cervo'). O que vê?

Achei muito, mas muito interessante o padrão desenhado na testa do animal. Pesquisei com o São Google outras fotos de gamos, cervos, veados etc, pra ver se encontrava animais com o mesmo padrão. Bem, as fotos que achei não ajudaram muito nisso, então deixa as outras pra lá e vamos nos focar nessa aqui.

O padrão da pelagem da testa do veadinho me lembra duas figuras emblemáticas, uma presente nos antigos cultos Celtas à Grande Mãe e ao Deus Cornífero, Cernunnos: A meia-lua ou Lua Crescente; e a outra, a Árvore da Vida, que é um sistema criado na Cabala. Forçando um pouco mais a barra (pois é isto mesmo que estou fazendo, rs), eu ousaria até mais: que na testa do bichinho está tatuado um tridente de Pombagira, que é erredondado na base... hehe, apelei!

Na tradição celta há dois aspectos de Alce ou Veado, o feminino e o masculino. O Hind é o Veado fêmea, também chamado de Eilid na língua gaélica e simboliza a sutileza, feminilidade e graciosidade. Acreditava-se que para chamá-lo até nós deveríamos entrar no reino das fadas e nos libertar das armadilhas materiais da chamada “civilização”. Ao adentrarmos nesse lugar mágico, podemos explorar a nossa natureza mítica e espiritual, pois é na gentileza do Hind o tópico que faz parte dessa tradição. Muitas histórias narram que os Hinds transformam-se em mulheres, por vezes deusas, para protegerem-se e não serem caçados. A lição a ser adquirida aqui é a de que quando nós exploramos a magia e a espiritualidade, ela deve estar sempre precedida de uma boa intenção, ou seja, a de não prejudicar nenhum ser vivo. Isso porque, para entrar no reino das coisas selvagens do espírito é necessário amor e comunhão. Fonte: Espaço Mythos.
Eu tinha achado (isso mesmo, do fenômeno "Achismo"), que tal padrão na pelagem fosse algo comum a alguns cervídeos, mas as fotos que encontrei no me permitiram comprovar isso. Se tal padrão fosse algo comum, seria mais uma forma de entender o porque o Cervo ou Gamo é um animal de grande influência na Cultura Celta. Igualmente importante é a árvore, aliás, para os antigos povos, as árvores são de vital importância e, para os Celtas, elas são como uma conexão com os três mundos: Inferior, Médio e Superior. O primeiro referente aos mundos subterrâneos, ou Submundo, dos Deuses terrenos e as energias telúricas; o segundo mundo é o nosso mundo, o mundo dos humanos; o terceiro é o céu, a abóbada celeste, morada de outros Deuses. De qualquer forma, tanto o Mundo Inferior quanto o Mundo Superior tem igual conotação pois, para nós "moradores" do Mundo Médio, os outros dois são mesmo o "Outro Lado".
É comum encontrarmos na arqueologia o caçador (Kernunos) de costas para uma árvore. Esta arvore é sagrada e simboliza o caminho para os três mundos: o mundo inferior através do desenho das raízes, o mundo médio onde o caçador exibe seu capacete de galhos dando também a impressão de sua cabeça seguir a mesma simbologia dos galhos que apontam para cima em direção ao céu, onde lá se encontram os deuses de devoção. Também é comum o olhar meditativo, num êxtase profundo sinal de religação com outros planos.
Entre os galhos da árvore vemos a figura do Sol e da Lua, um em cada canto, simbolizando não apenas o ciclo da natureza, mas também a importância dos mesmos para a civilização antiga, no qual dependia de suas fases para o plantio e caça. Fonte site Ricardo Draco.
Pois então, temos o animal-simbolo do Deus Cernunnos, portando sobre a testa as figuras da Lua Crescente e da Árvore, que na Mitologia Celta recebe o nome de Bíle, a Árvore Sagrada ou Árvore da Vida, que representa a cosmologia na visão dos Celtas.
O Universo do Xamã Celta um dos mais originais e belos pontos do Xamanismo Celta é a sua cosmovisão, ou seja, o modo como o universo é descrito. Esta cosmovisão compartilha elementos com muitas outras religiões de origem indo-européia (Celtas, nórdicos, etc.), como a divisão do Universo em três esferas, a existência de uma árvore sagrada que liga essas esferas, e por aí vai. No caso específico do conhecimento oferecido pelo Xamanismo Celta, o Cosmo é dividido em três: O Mundo Superior, O Mundo Médio e o Mundo Inferior.
Interligando esses três planos, temos uma árvore, Bíle, a árvore da vida. Passemos então a uma breve descrição desses três mundos. Comecemos pelo eixo que os une, a Árvore da Vida. Erguendo seus galhos rumo aos céus, e lançando suas raízes nas profundezas da terra, a árvore é o verdadeiro Axis Mundi, o Eixo do Mundo, que funciona como ponte entre todos os planos do Universo. Ao redor de seus galhos, órbita o Sol e a Lua, determinando assim a passagem do tempo e das estações, tão importantes para a religião celta (como atesta a Roda do Ano). Em seus galhos temos o Mundo Superior: ao contrário do que se possa imaginar, o Mundo Superior não está hierarquicamente acima dos demais, é apenas "geograficamente" superior. É aqui que encontramos as estrelas e os corpos celestes, que lançam sua influência sobre nós. O Mundo Superior envolve e é envolvido pela copa da Árvore e seus galhos e ramos.
O Mundo Médio é o nosso mundo, nossa dimensão. É nossa morada. Para o xamã celta, este é o ponto de partida. A partir daqui, podemos nos deslocar para cima (Mundo Superior) ou para baixo (Mundo Inferior), e assim interagir com as criaturas deuses, animais totêmicos, espíritos da Natureza - que neles habitam. No Mundo Médio do Xamanismo Celta podemos perceber claramente os elementos da magia O Mundo Médio é representado por um círculo ao redor do tronco da árvore, onde temos as quatro direções (ou Quatro Ventos) Norte, Sul, Leste e Oeste, que por sua vez estão associadas aos quatro elementos. O quinto é a própria Árvore, essência e símbolo da Vida, à qual o Xamã Celta se funde em sua Jornada.
Por fim, temos o Mundo Inferior. Novamente, não se trata de uma inferioridade hierárquica ou de importância pelo contrário, pois o Mundo Inferior é a morada dos deuses do submundo. Ou seja, é aqui que entramos em contato com os Poderes da Terra, suas forças e energias. No Mundo Inferior (por vezes chamado de Submundo, novamente sem nenhuma conotação negativa) Fonte: Chaves do Oculto
 Bem, deixe-me ir. Desta vez me superei em abobrinhas... e tudo que eu queria era postar aquela linda foto XD

24 de out. de 2012

Monumento homenageia animais vítimas do abandono

Acabei de ver esta foto no meu Facebook. A escultura, por si só, já emociona ao passar tão claramente a sua mensagem, que é tão contundente que poderia ser dispensado o texto explicativo, mas que se torna necessário, pois nem todos atinam de primeira com a imagem que percebem.

O texto a seguir é do site da ANDA - Agência de Notícia dos Direitos Animais.

Monumento homenageia animais vítimas do abandono

A protetora dos animais de O Morrazo, Moaño, em Pontevedra, Espanha, inaugurou em março deste ano, o primeiro monumento espanhol dedicados aos animais abandonados.
A peça é obra da artista Marín Carmen Grandae, que a esculpiu em pedra doada pelo vereador e deputado José Fervenza. Ambos colaboraram de forma voluntária à iniciativa da presidente da Sociedade Protetora de O Morrazo, Lela Soage.
A escultura representa um cachorro sem raça definida, com um gatinho entre suas patas. Atualmente, a obra está exposta na orla marítima da cidade.(Pontevedra/Espanha)

O monumento tem como objetivo ser uma recordação contra o abandono e maus-tratos aos animais. “Que as pessoas o vejam e saibam que os animaizinhos sofrem”, diz Soage, que começou a
desenvolver a ideia de um monumento aos animais de rua há anos, enquanto cuidava de cerca de 200 cães no refúgio de Moaña.

“Cansada de estar ali dentro e testemunhar o sofrimento e sua tristeza, pensei que devia fazer alguma coisa para sensibilizar as pessoas que não tem essa consciência, as pessoas sem coração que abandonam os pobres animais”.

(kylvia)

Fonte: ANDA

23 de out. de 2012

Degustação - Samhain, Dia das Almas


Samhain, Dia das Almas

O
Bar Green Man estava adornado com enfeites espalhafatosos e animados. Abóboras iluminadas por velas eram as fontes de luz que davam um ar aconchegante ao lugar. Tigelas de cristais, repletas de doces de formas engraçadas, estavam a disposição nas mesas espalhadas pelo salão do bar.
A garçonete de curvas voluptuosas corria de um lado ao outro alegremente, equilibrando a si mesma em altos saltos agulhas, enquanto fazia malabarismo com uma grande e pesada bandeja de prata, com várias canecas enormes de Stout, a cerveja escura irlandesa, cuja espuma cremosa transbordava farta pelas bordas.
Após um ano de intensas lutas contra as forças das Trevas, que custou muitas vidas e muito sofrimento, o Povo Místico voltava a viver uma vida tranquila, sem medos e sem receios. As forças do mal foram dissipadas e a Paz instaurada. Portanto, tudo agora era motivo de comemoração! E a comemoração era ainda maior quando a ocasião era muito especial. No caso, não havia data comemorativa mais importante para o Mundo Magnífico do que o All Hallows Eve, a Noite de Todos os Santos.
Neste primeiro ano sem a ameaça das Forças do Mal e seu Exército das Trevas, homenageavam-se os mortos, especialmente aquele que morreram na guerra, com respeitosa alegria.
Alegria, sim, pois a morte faz parte da vida, e graças aos sacrifícios de muitos, milhões agora podem continuar a viver e perpetuar a força daqueles que deram suas vidas em prol de algo tão valioso quanto a Paz e a Liberdade. Lastimar-se seria desonrar aqueles que entregaram suas vidas para que as vidas de outros prosseguissem harmoniosamente. Havia, sim, a saudade, mas a alegria era uma silenciosa obrigatoriedade para honrar e agradecer aos mortos por seus sacrifícios.
Já passava da meia-noite e a festa não dava mostras de terminar. As pessoas dentro do Green Man cantavam em coro desafinado, riam, gargalhavam, algumas dançavam. Um irlandês de juba vermelha, tão alto quanto largo, sobraçava o outro mais mirrado, e ambos, muito entusiasmados, puxavam o coro com as faces rubras e os olhos estatelados devido a algumas dezenas de canecas de cerveja. O bar era a materialização da alegria. As pessoas se divertiam de forma saudável, felizes e aliviadas por poderem retornar às suas vidas, comemorando cada segundo de Paz que lhes fora concedido após anos de segregação racial e liberdade tolhida e vigiada.
Mas, para ela, toda essa alegria já havia se excedido... Ninguém percebera sua repentina desolação. Despediu-se silenciosamente de todos, com um sorriso triste no rosto cansado, correndo seus olhos dourados por aquela turba de boêmios, já com a mão na maçaneta da porta de saída.
Ganhou a rua deserta em menos de um segundo. As risadas, falações e músicas ficaram abafadas quando a porta bateu às suas costas. O ar estava álgido. Ainda era Outono, mas as estações nunca mais seriam as mesmas após a guerra que violentou até mesmo a natureza da Terra. Uma rajada de vento a fez tremer e se encolher, balançando seus cachos avermelhados que caíam soltos às suas costas. Uma névoa se formava com sua respiração.
Maeve ergueu os olhos para o céu parcialmente encoberto, onde ainda era possível ver uma formosa e imponente lua cheia e algumas estrelas que cintilavam como diamantes ao fogo. As nuvens finas, que cobriam boa parte do céu noturno, anunciavam uma chuva igualmente fina que, provavelmente, se condensaria em cristais de gelo com a atmosfera anormalmente fria para aquela época do ano.
O luar intenso iluminava bucolicamente uma das principais cidades do Mundo Magnífico, que fora totalmente destruída e que agora gabava-se de seu renascimento como se jamais tivesse tombado alguma vez. Os lampiões das calçadas brilhavam como lágrimas na noite, um vapor produzido por seu próprio calor pairava e se dissolvia no ar.
Maeve, de cabeça baixa e braços cruzados com força sobre o peito, caminhava decidida, em passos firmes. Seus sapatos baqueavam os paralelepípedos. Seus passos e sua respiração forte juntavam-se aos sons naturais da noite, ao vento que cortava as copas de árvores e telhados. Nuvens lanosas passavam apressadas sob a lua, criando sombras movimentadas pelo caminho.
Sem se importar com o frio que a castigava, subiu com perseverança a colina que começava após o término das construções de tijolinhos maciços, que caracterizavam a cidade que se parecia com um vilarejo medieval. Os lampiões se escasseavam e o caminho começava a ser iluminado apenas pelo luar. Apesar do céu ter sido encoberto por nuvens de chuva, a lua cheia jogava seus fortes raios sobre aquele manto lanoso que refletia e potencializava sua luz, tornando a noite quase tão clara quanto o amanhecer do dia.
Do alto da colina do pequeno Castelo, podia se avistar toda a extensão da cidade mística e sua floresta densa. Correndo os olhos pela área a sua volta, Maeve via algumas fogueiras¹ crepitando ao longe, nas pequenas propriedades rurais da cercania urbana. Olhou para trás, para o vilarejo que podia ser avistado quase na sua totalidade daquela colina. Viu sem alardes vultos de luz prateada que deslizavam pelas calçadas e ruas desertas. Já não era mais possível ouvir qualquer ruído do Green Man.
O vento gelado que soprava insistentemente era o único a ressonar por ali. Maeve, contemplativa, voltou-se para frente, abandonando a cidadezinha às suas costas.
O vento frio fazia ir e vir os seus cachos. Olhava a imensidão escura que se desnudava à sua frente. Ela estava distante, absorta em seus pensamentos, mal ouvindo os passos mansos e cautelosos que se aproximavam, amassando a grama quase seca pela geada temporã. Sentiu que alguém parou próximo. Um calafrio percorreu seu corpo e que não foi provocado pela temperatura que caia vertiginosamente. Sua respiração se alterou e, sabendo que de nada lhe adiantava fugir – pois, por mais que quisesse, não poderia fugir de si própria, de seus sentimentos, de seu coração... – com certo temor, virou-se por sobre o ombro e o calafrio gelou seu peito.
— Michael...
Michael Collins apenas deu um leve sorriso sarcástico, uma de suas marcas registradas, desviando seus olhos para a ponta de seus sapatos. Cabelos ruivos e longos caiam por seu rosto, ocultando parcialmente sua fisionomia abatida. O ex-revolucionário do Mundo Magnífico estava mais magro e pálido do que de costume.
— Eu não me importaria de passar toda a noite aqui, mas prefiro não ser mais ignorado por você, Maeve...
— Eu não... – Maeve interrompeu-se, voltando-se tristemente para o horizonte noturno.
O silêncio dela o machucava, ele se permitia admitir isso. A sua vida inteira fora forjada para derrotar as Trevas custasse o preço de sua alma se necessário, e jamais poderia permitir que qualquer coisa ou até mesmo alguém desviasse sua atenção e suas energias desse objetivo. Agora que tudo havia se acabado, ele se permitia viver aquilo que seu coração desejava...
Olhou para o céu recoberto por nuvens que se tornaram densas, ocultando a lua cheia que ainda refletia seus raios sobre elas, deixando a noite clara. O frio se intensificou, fazendo com que sua respiração formasse uma neblina tênue. Logo começaria a nevar.
— O senhor não quis participar das comemorações? – Perguntou Maeve, sonsamente, apenas para quebrar aquele silêncio que a incomodava.
Collins voltou sua atenção à mulher. Perdia-se em divagações enquanto observava Maeve, que parecia se proibir de lhe dirigir um olhar que fosse. Passados alguns minutos, achou por bem responder a pergunta dela.
— Eu não seria bem vindo... Mesmo que tudo tenha se esclarecido, jamais serei perdoado por ter levado tão longe tudo aquilo que o nosso líder planejou por tantos anos...
— Porque se a morte é a última opção desesperada, então é possível tomar outras atitudes e tentativas. A morte é o fim, não há segunda chance! – Maeve respondeu, como se a completar os pensamentos de Collins, com um tom rancoroso em sua voz.
Ele inspirou profundamente, demonstrando todo o seu pesar. O preço de sua extrema lealdade ao líder intelectual da Força Revolucionária e herói do Povo Místico, William Lamport, seria a cruz que carregaria por muito tempo em solo acidentado. Sabia disso e não buscaria modificar essa consequência que previu e aceitou. Porém, jamais previu que seu coração reclamaria pelo perdão de alguém.
— Já falamos sobre isso... carregar para sempre o peso desse ato é o pior castigo que eu poderia ter! Mas a guerra requer grandes e dolorosos sacrifícios. O de Lamport foi sua vida, o meu é o assassinato dele!
Por um momento, ao ver Maeve passiva, Collins pareceu se desesperar e sua voz saiu próximo de um suplício.
— Você conhece a verdade, Maeve... a entende... por que é tão difícil de aceitá-la?!
O céu tornou-se ainda mais branco quando a chuva fina começou a cair, mas o ar frio era tanto que condensava as gotículas muito antes de elas tocarem o chão. Então, delicados flocos de neve caíam lentamente e logo tudo se tornou esbranquiçado. Sobre as duas figuras solitárias no alto da pequena colina, os flocos começaram a se acumular em seus cabelos e ombros.
— Todos sabem da verdade... foi com muito custo que todos a entenderam... mas, aceitar?! Francamente, Sr. Collins, isso é quase inconcebível!
       — Dói ouvi-la me chamar com tanta polidez, sabia? – Collins inquiria num tom misto de tristeza e zombaria. —Eu realmente não me importo com o que todos pensam de mim, mas você...
Maeve se irritou com aquele “mas você”, virando-se abruptamente em direção à cidadela. Lutava contra seus desejos que se opunham às suas convenções. Uma luta dolorosa, mas o ‘certo’ deveria prevalecer, sempre!
— Isso é loucura! Tudo foi uma loucura! E o que aconteceu entre nós não foi diferente! Esqueça tudo isso! Aquilo foi um erro! Um erro!
A moça, em passos largos, tentou fugir, descer a colina rumo à rua de pedras e lampiões gotejantes. Precisava sair o quanto antes dali! Não permitiria que sua mente e sua razão fossem dominadas por emoções tolas que teimavam em lhe contradizer, mandando-a que ficasse, que baixasse completamente a fortaleza que guardava seu castelo de atitudes certas, lógicas e ponderadas. Não poderia amar um homem que fora o assassino de William Lamport, mesmo que sob a lealdade inquebrantável que Collins estava preso ao líder revolucionário!
Seu coração perdoava e entendia, mas sua mente não conseguia aceitar tal fato! Em ação rápida e furtiva, Collins impede que Maeve prossiga, segurando-a pelo braço esquerdo. Temia machucá-la com a força que empregava, mas não poderia correr mais uma vez o risco de perde-la novamente, de deixá-la fugir. Não lhe restava mais tempo para isso. A moça virou-se assustada, mas sua expressão de quase desespero se esvaeceu ao encontrar clemência e doçura naqueles olhos castanhos que costumavam ser tão frios, como se não pertencessem a um ser vivo.
— Essa maldita guerra já tirou demais de todos nós! Perdemos demais!
Collins trouxe Maeve para junto de si, enlaçando-a com os braços. A moça não reagiu. Apenas continuou a olhar em expectativa, como que hipnotizada.
— Chega de perdas! – Sussurrou Collins em sua voz grave.
O sussurro foi calado por um beijo suave e calmo. Collins temia piorar a situação dessa forma, mas necessitava provar seu amor por Maeve e receber sua absolvição. Ele precisava alcançar a sua paz e só poderia fazê-lo através de sua amada. A moça relutou e lutou temporariamente. Não queria ceder ao beijo. Mantinha-se rija, ainda sustentando desesperadamente as muralhas de sua fortaleza. Apesar da neve fria que caía cada vez mais intensamente, fazendo a paisagem noturna ter um aspecto fantasmagórico, o calor da emoção os envolvia como um manto quente, feito um abraço invisível.
O vento que soprava no alto da colina trazia consigo uma melodia longínqua, baixa, o farfalhar da vegetação. Conforme a sensação de tempo e espaço se esvaecia para Maeve, e o calor invisível intensificava seu abraço, a moça foi cedendo finalmente aos apelos de seu coração, entregando-se aos beijos e carinhos de Collins.
Suas últimas defesas caíram por terra e Maeve enlaçou com força o pescoço de Collins, escondendo seu rosto no ombro dele que, por sua vez, num suspiro de alívio, intensificou ainda mais seus braços em torno do corpo esguio dela, perdendo-se pelo emaranhado de cachos avermelhados e absorvendo todo o perfume que conseguia; aquele mesmo perfume floral que experimentou por uma única vez, por uma noite que poderia ter durado uma vida inteira, mas cujas horas se passaram como segundos... Porém, essa única noite de amor foi o suficiente para firmar para sempre em sua alma o seu sentimento por Maeve e nem a batalha final da insana guerra foi capaz de apagar o mínimo que fosse daquela impressão que carregaria pela eternidade.
— Eu te amo demais, Michael... – Maeve sussurrava com voz embargada, mantendo-se firme, enlaçada ao pescoço de Collins, como a temer que ele se fosse dali como a pequena neblina dos lampiões. — Eu entendo o porquê das atitudes que tomou... entendo o fardo que carregava... entendo que não havia escolha para você... eu entendo que você havia se tornado escravo de um pacto... eu te perdôo, Michael... eu já havia te perdoado há muito tempo!
Collins suspirou exasperado, mas aliviado. Afastou-se apenas um pouco de Maeve para poder encará-la, enxergar dentro da alma dela através dos olhos dourados que luziam pelas lágrimas. Suas defesas também haviam caído por terra e sua alma nunca esteve tão visível através de seus olhos castanhos que, ironicamente, mostravam uma grande fonte de vida, como jamais estiveram antes.
— Obrigado, Maeve... muito obrigado...
Tentando em vão conter seu pranto, Maeve respondeu em voz chorosa, quase se desesperando;
— Não! Por favor... não diga isso!
— Eu preciso... – respondeu Collins, com uma expressão plácida e feliz, que Maeve presenciou apenas uma única vez... na noite de amor que tiveram, antes da última batalha, quando descobriu que o assassinato do líder fora um plano arquitetado pelo mesmo.
— Você não pode! Não pode ser assim! – Dizia já em prantos, agarrando com força as mangas da veste negra de Collins.
— Concordo... não deveria ser assim, mas...
Collins se silenciou com um novo beijo, sentindo o gosto levemente salgado das lágrimas da mulher, que caiam em seus lábios. O vento soprava mais insistentemente. Suas veste e seus cabelos se misturavam como se bailassem. Os flocos de neve caiam em espiral, lançando pequenos brilhos difusos como se portassem luz própria.
— Obrigado, Maeve... obrigado por me conceder o descanso para minha alma, por me conceder a paz que eu buscava...
Collins afastou-se sem desviar seus olhos dos de Maeve, que permanecia prostrada, imóvel, apenas suas lágrimas escorriam abundantes e silenciosas por sua face corada. Ela levou suas mãos ao peito, como se quisesse conter as batidas dolorosas de seu coração.
— Eu te amo, Maeve... e o que sinto não mudará aqui deste lado... obrigado por permitir que isto seja a única coisa que levarei deste mundo...
Com um sorriso singelo, Collins esvaeceu-se como uma luz que se apaga lentamente. Sua forma se desmanchou em milhares de pequenos pontos brancos e luminosos, subindo ao céu através da luz que surgia por uma brecha nas densas nuvens de chuva, formando um espiral que se confundia com os flocos de neve que ainda caiam.
Somente quando a luz finalmente se apagou e o céu voltou a ser encoberto por nuvens compactas, que Maeve deixou-se cair de joelhos no solo forrado pela neve que refletia a tênue claridade do céu. Suas lágrimas escorriam de seu rosto e formavam pequeninos côncavos na neve que derretia ao contato morno. O vento começava a diminuir sua intensidade e a nevasca a ceder, mas ainda os flocos de neve brincavam se espalhando leves pelo ar frio. Ao longe, na cidadela e no vale, luzes prateadas surgiam e evaporavam, piscavam como vagalumes perdidos na imensidão noturna.
Samhain, o Dia das Almas... era 31 de Outubro, o primeiro Halloween após o fim da guerra entre Luz e Trevas. Muitas vidas preciosas se perderam. Mas a Paz fora instaurada tanto aos que  ainda permaneciam na Terra quanto àqueles que partiram. E Michael Collins finalmente conseguiu a redenção que tanto buscava e que apenas lhe fora possível a Paz através da luz de Maeve.

œFim
Escrito em 2005. Remasterizado em 2010.

O conto Samhain está presente na coletânea recém lançada "Romances em Fragmentos", que também foi publicado na antologia Beijos & Névoas, em 2010.
Para saber mais sobre o livro, acesse:
Série Snake Stories
Clube de Autores

22 de out. de 2012

Livro - A Bruxa Mora Ao Lado, de Jossi Borges

Resenha – A Bruxa Mora ao Lado, de Jossi Borges
122 páginas - Ed. Clube de Autores
Infanto-juvenil – Ficção Fantástica de Terror

“Quatro jovens, uma senhora muito estranha, uma casa cheia de mistérios e um monstro que assombra todo o bairro...”
Quando Hilton se mudou de casa, com sua família, não imaginou que ia morar ao lado da casa de uma senhora muito, muito estranha. Juntamente com sua irmã Bruna e os amigos Suellen e Evandro, eles passam a investigar o comportamento de dona Lucinda, de quem todos os boatos das redondezas apontam como sendo uma autentica bruxa. Quando coisas estranhas passam a acontecer e gente inocente a sofrer acidentes nada comuns, os três amigos decidem que é hora de acabar com os maus-olhados, feitiços e pragas da bruxa. Mal sabem eles, porém, que algo muito pior que feitiçaria ameaça os moradores do bairro, da cidade e, talvez, do mundo... algo ainda mais monstruoso, aterrorizante e macabro!”
A Bruxa mora ao lado – O Talismã dos Desejos Contrários, é o primeiro livro da série literária de ficção fantástica para o público infanto-juvenil sendo preparado pela escritora Jossi Borges, que já tem um currículo extenso em publicações independentes que vão desde blogs até organizações de antologias e autopublicações de romances de temática variada.

Apesar das mais de 100 páginas do livro, A Bruxa Mora ao Lado tem uma leitura fluída, muito gostosa de ler. Te prende do início ao fim, ocupando prazerosamente algumas horas até a conclusão da trama, pois é difícil deixar de lado a leitura antes do término do livro.

Mas o que há na trama que prende a atenção do leitor desta forma?

Nada de mais além da boa escrita. A Bruxa Mora ao Lado é uma história despretensiosa, porém muito honesta, que cumpre sua missão de forma completa e sem alardes.

Tudo começa quanto Hilton e sua irmã mais velha, Bruna, chegam ao novo bairro para onde se mudaram. Apesar da casa espaçosa e um quintal para se divertirem, os irmãos já se sentem entediados com a novidade e não tardam a fazer amizade com os vizinhos, os irmãos Suellen e Evandro. Mas uma visitinha básica de boas vindas transformará os quatro curiosos em bisbilhoteiros espiões, que os meterá numa aventura muito perigosa.

Dona Lucinda, uma antiga moradora do bairro, é uma senhora estranha, que esconde um bizarro segredo que envolve um medalhão mágico, bruxaria e... um monstro que espalha medo e terror pela vizinhança, quando começa a atacar animais indefesos e até mesmo pessoas!

Simples, despretensioso, delicioso de ler, A Bruxa Mora ao Lado não é apenas um livro pra garotada de 10, 12, 14 anos... é um livro pra garotada de 28, 30, 36, 40 anos e daí até o gosto levar ^^
 
À venda no Clube de Autores - book/133750--A_Bruxa_Mora_ao_Lado
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