30 de jan. de 2013

Presentes com exclusividade!

Meus dois presentes lindos, embalados com muito esmero, e os dois cartãozinhos com os dizeres gostosos da Jossi, do Edison e do Hector =)
Ganhei um presente exclusivíssimo da Manamiga e Escritora Jossi Borges & Família!

Ontem, quando cheguei em casa à noite, encontrei o pacote dos Correios sobre minha cama. Dentro, duas lindas surpresas!

O Edison Chiaffitella, esposo da Jossi, é Ourives nas horas vagas, e a preferência dele é em criar peças com cristais e prata. Eis que os dois pares de brincos que ganhei foram feitos nesses nobres materiais, especialmente pour moi! O maior é prata com ametista, que está com um corte geométrico bem diferente, multifacetado. O par de solitários, presente enviado pelo meu sobrinho fofo Hector Martins, filhinho da Jo, é em prata e zircônia.
A família Jossi Borges, além de escrever, apronta outras Artes por aí, viu? Se não viu, pode conferir agora no site Amor, Livros & Artes, que além de Literatura, trás uma amostra dos trabalhos de ourivessaria do Edison =)

Muito obrigada, meus queridos! Eu amei os presentes e estou usando neste exato momento *-*

29 de jan. de 2013

Lançamento - Caleidoscópio


Depois de um tempão revisando (levei dois meses revisando essa bodega >.<), finalmente consegui concluir as minhas multitarefas em relação à confecção do livro \o/ Agora está oficialmente lançado pelo Clube de Autores e disponível para venda, por enquanto apenas em seu formato impresso.
CALEIDOSCÓPIO é o terceiro volume da Série Contos de Snake, em que temos o descaramento de fazer remaker de antigas fanfics do Fandom Harry Potter, trabalhando o plano de fundo e os personagens, dando nova cara e roupagem para apresentar uma história 90% original - os 10% pertencem à ideia base, que não é original, hehe. Isso é plágio? Não. Plágio é o que a mãe de alguém faz quando tem gêmeos.
Tirando a ideia de um mundo paralelo povoado por bruxos, em um sistema político e social como o nosso, só que movido a Magia (ideia, aliás, muito badalada pela Literatura, Cinema e Quadrinhos), todo o restante é inédito, original. Confira:
Dakini Shaitan é uma Bruxa que renega sua própria natureza, refugiando-se no Mundo Incônscio, onde ela pensa que jamais lidará novamente com a Magia. Porém, um ataque terrorista de Magos Negros, os Novos Soldados Escuros, em pleno centro comercial de Londres, muda drásticamente a sua vida.
No Limbo, na Estação entre a Vida e a Morte, seu antigo Mestre Alquimago, Angra Hellmann, tenta convencê-la a retornar ao Mundo dos Vivos, após uma arriscada experiência que poderá matá-lo e, ainda assim, não conseguir trazer Dakini de volta à Vida.
Vida e Morte, Magia e Loucura. O que o Ser Humano é capaz de fazer por Amor ou Ódio?
Bem, taí mais uma missão cumprida. Escrita, revisada, diagramada, ilustrada, publicada e divulgada! Mais um livro para a Série Snake Stories (ou Contos de Snake), mais um livro para a vitrine do Clube de Autores e para a estante do Skoob... e, espero, mais um livro que você tenha o desejo de adquirir =)
 
Ainda postarei os capítulos para degustação, mas se quiser, no próprio Clube de Autores você poderá ler e ver a apresentação gráfica das 30 primeiras páginas do livro - basta clicar sobre a imagem da capa.
 

Características:

Número de páginas: 310
Edição: 1(2013)
Formato: A5 148x210
Coloração: Preto e branco
Acabamento: Brochura c/ orelha
Tipo de papel: Offset 90g 


Da esquerda para direita: Orelha da contra-capa, que serve como marcador, com divulgação do Blog Patriciado; contra-capa com a ilustração que serviu de capa para a fanfic em 2004; a capa oficial; a orelha da capa, que serve como marcador, divulgando os três livros da Série Snake Stories.

25 de jan. de 2013

Bem-vinda ao mundo, pequenina!


Uma mensagem para ficar de reflexão para este final de semana.
Eu pensei nela a noite inteira, sentindo aquele gosto amargo.
3 segundos de paladar valhem essa maldade?

22 de jan. de 2013

Supernatural - The Animation


A novidade já é velha. Tá quase fazendo 2 anos! Mas como eu descobri isso somente hoje, acredito que mais pessoas também não saibam - é claro.

A Série de televisão Supernatural, da Warner Bros, que ganhou muitAs fãs no Brasil (mais por conta dos irmãos Winchester do que propriamente pelas histórias, rs) virou uma série de animação japonesa!

Ooooh! É o sonho de todos os fãs de séries (seja televisão, seja Literatura) e de animês!

Pois então: Supernatural virou série de animação japonesa, e estreou no Japão em fevereiro de 2011. Foram 22 episódios inéditos, isto é, episódios feitos exclusivamente para a série animada, com personagens novos e vilões exclusivos!

O projeto foi executado pelo Studio Madhouse, em parceria com a Warner Bros. Se você achou o estilo do desenho ligeiramente familiar com Death Note, não é para menos. A Madhouse é a produtora de DN, Blade, X-Men, Chobits, Claymore, BoogiePop Phantom e até Sakura Card Captor, entre outros animês de grande sucesso.

E sabe o que é muito melhor disso tudo? É que vocÊ não precisa estar no Japão ou nos Estados Unidos para assistir ao anime. Nem precisa gastar seu rico dindim com tv por assinatura. Os 22 episódios completos podem ser assistidos daí do seu computador mesmo e, ainda por cima, legendado em português! Melhor do que isso, só se for com pipoca e guaraná!

Assista a todos os episódios legendados em português \o/: http://www.anitube.jp/categories/315/Supernatural-The-Animation

Sinopse: A família Winchester, residente de Lawrence, Kansas, vive aparentemente feliz, quando ocorre uma tragédia. Mary, mãe do então bebê Sammy e do garotinho Dean, morre em um incêndio causado por algum fenômeno sobrenatural. Em conseqüência disto, John, o patriarca da família, em busca de vingança, inicia uma caçada viajando por todo o país, para encontrar o quê ou quem, causou a morte de sua esposa.

Já adultos, Dean continua a caçada ao lado de seu pai, e Sam os deixa para viver uma vida “normal” ao lado de sua namorada Jessica, e estudar Direito na Universidade Stanford. Mas quando Jessica morre da mesma forma que Mary, Sam une-se a Dean para encontrar o quê ou quem matou sua namorada, e ir em busca de seu pai desaparecido. No caminho da jornada, Sam e Dean matam todos os tipos de monstros que encontram, sem saber que o que os espera, é o Apocalipse e as histórias bíblicas.
ASSISTA AO TRILLER OFICIAL, e sinta-se muuuito tentado a passar as próximas 48 horas assistindo ao anime >:D


20 de jan. de 2013

Hoje - Dia de Oxóssi

A mata estava escura
Os anjos alumiou
No meio da mata virgem
Quando o seu Oxossi chegou
Mas ele é o rei
Ele é o rei
Ele é o rei
Mas ele é o rei
Na Aruanda ele é o rei
(bis)

Oxossi é o Orixá que representa a fartura e a riqueza, seja material, seja espiritual. É o Caçador Divino, aquele que protege e provê toda a aldeia. Suas energias são a Telúrica e a Vegetal, sendo o Senhor de tudo que está acima da terra (a mata e os animais). Nos termos materiais, a caça a que se faz referência é a da subsistência, nunca retirando da Natureza além daquilo que é necessário. Oxossi é o Pai que ensina o respeito à Vida, ensina sobre o ciclo natural de existência, nascimento-criaçao-morte, da interligação de todos os seres.

A caça, em seu sentido metafísico, é a busca por conhecimento, a experiência que leva à sabedoria. E a riqueza e a prosperidade provém dessa caça, o mais antigo trabalho de subsitência conhecido do Homem. Nada é de graça, embora tudo esteja à disposição. É necessário ir atrás, buscar o que se necessita, abrir trilhas, enfrentar os perigos (a própria mente), ter paciência para encontrar o alvo, mirar e atingir. Se o alvo escapar, retornar à busca, pois se não trouxer o alimento, todos perecerão. É uma riqueza provinda do trabalho, do estudo, da persistência, da paciência em respeitar o ritmo natural de tudo. E, principalmente, se a seta errar o alvo, não esmorecer diante da aparente derrota, pois significa que para o alvo ainda não chegou a sua hora. Então é se armar novamente de novas flechas e partir de novo, para dentro da mata (seu Eu Interior) e buscar o alvo, agora inclusive, se estando munido de experiência e conhecimento do que pode funcionar ou não.

Nas lendas, Oxossi é irmão de Ogum, Senhor das Lutas e o Ferreiro Divino. Foi Ogum que forjou as armas de Oxossi e ensinou-o a caçar. Ossãe, Senhor das Folhas, Feiticeiro Divino, foi o Mestre de Oxossi, ensinando-lhe os segredos das plantas e ervas para curar os males do corpo e do espírito. Há também a lenda que diz que Oxossi é filho de Ogum e de Apaóka, Deidade de Kêtu praticamente esquecida na atualidade.

Na Umbanda, Oxossi é o Orixá regente da Terceira Linha (Vibratória), do Trono Divino do Conhecimento. Excetuando Oxalá e Yemanjá, todas as Linhas possuem dois regentes, um para o Pólo Positivo e outro para o Pólo Negativo, que nada tem a ver com conceitos de "bem" e "mal", mas sim com energia e magnetismo. Portanto, Oxossi é o regente no Pólo Positivo, enquanto a sua contraparte, Obá, é regente no Pólo Negativo, formando, assim, o equillíbrio energético: Yang e Yin; Positivo e Negativo; Dar e Receber.

Ainda na Umbanda, Oxossi é o Patrono da Linha (Legião) dos Caboclos, que se dividem em Caboclos de Pena (Índios - que se subdividem "da Mata Virgem" e "da Mata") e Caboclos Boiadeiros (que inclui, também, os Baianos e Marinheiros). Porém, isso não significa que todos os Espíritos que compõe a Legião dos Caboclos sejam da vibratória (ou Filho) de Oxossi. E os Caboclos não são apenas Espíritos de "índio brasileiro". Assim como todos os Espíritos, eles tiveram encarnações variadas ao longo dos milênios de existência, e podem ter sido desde um Filósofo grego até um Samurai. Mas, para esmiuçar esse assunto, requer uma postagem própria, à parte.

No Candomblé, Oxóssi é cultuado na Nação Kêtu, pois, segundo lendas, ele foi Rei desta Nação Yorubá - isto é, há a crença de que ele foi um homem de carne e osso. Chamado de Oba Alaketu, ele é o Senhor e Rei do Kêtu, um Estado que foi destruído no Século 18 e o seu povo vendido como escravo para o Brasil e as Antilhas - fato que salvou o culto ao Orixá Oxossi, que simplesmente desapareceu da África, sobrevivendo apenas no Brasil. Kêtu agora é apenas uma cidade da República do Benin, que outrora fora o Reino de Daomé, de onde se originou a maioria dos Orixás. A República de Benin é um país africano que faz divisas com a Nigéria e pertence à Yorubaland

No sincretismo religioso, Oxóssi é representado por São Sebastião, nos cultos afro-religiosos do Rio de Janeiro e São Paulo. Na Bahia, seu dia é comemorado em Corpus Christis, tendo uma missa especial (isso mesmo - missa!): Missa de Oxóssi, com a participação das Yalorixás (Mães-no-Santo) da Casa Branca do Engenho Velho da Federação, a Ilê Axé Iyá Nassô Oká, a primeira Casa de Candomblé fundada em Salvador, tombada pelo IPHAN como Patrimônio Histórico Brasileiro, em 1986.

No Batuque, Oxossi é o Orixá Odé, que se assemelha ao Oxossi da Umbanda. Batuque é uma religião afro-brasileira disseminada pelos escravos africanos que vieram da Costa da Guiné e da Nigéria, das Nações Jeje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô. O Batuque encontra-se mais no Rio Grande do Sul, espalhando-se para os países vizinhos Uruguai e Argentina. Aqui, não apenas se cultura os Orixás Yorubas, mas também dos Bantos.

No Xambá, Oxossi também é chamado de Odé. É homenageado no mês de abril. O Xambá é um candomblé difundido em Olinda, Pernambuco, mas seu culto está em vias de extinção devido, principalmente, às perseguições políticas e intolerância religiosa que se iniciou em 1920, relegando os praticantes das religiões afro-brasileiras à clandestinidade.

Em Cuba, Oxossi é Odé, na Santeria Cubana. Sincretizado com São Alberto Magno, São Norberto e  Santiago Arcanjo, da província Santiago de Cuba.

No Candomblé Bantu, Oxossi tem como referência o Inkice Kabila. A Nação Bantu é uma das maiores do Candomble, e se originou a partir de africanos de Angola e Congo. Inkice ou, na linguagem kimbundu, Nkisi é uma Deidade de mesmo patamar que o Orixá das Culturas Yorubás e do Reino de Daomé.

Resumo das atribuições ao Orixá:

DIA: 20 de janeiro (na Umbanda).

Dia da vibratória: Quinta-feira.

COR: verde (na Umbanda) - azul turqueza ou prata (no Candomblé).

AMALÁ: 7 velas verdes e 7 brancas, a mesma bebida de Ogum (cerveja clara), 7 charutos, peixe com escama de água doce ou uma moganga bem assada com milho dentro coberto com mel, fitas verde e branca. Local de entrega: na entrada da mata.

ERVAS: Malva Rosa – Mil Folhas – Sete Sangrias – Folhas de Aroeira – Folhas de fava de Quebrante – Folhas de Samambaia – Folhas de Palmeira – Folhas de Laranjeira- Erva Cidreira – Folhas de Jurema – Folhas de Maracujá – Folhas de Palmito – Folhas de Abacateiro - Alecrim - Guiné - Vence Demanda - Abre Caminho - Peregum (verde) - Taioba - Espinheira Santa - Jurema - Jureminha - Mangueira - Desata Nó - Erva de Oxossi - Erva da Jurema - Alfavaca - Caiçara - Eucalipto.

Símbolos: Ofá (arco), Damatá (flecha), Iruexin (chibata feita com crina de cavalo).

Elemento: Terra (florestas e campos cultiváveis).

Domínios: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura.

Pedras: Esmeralda, Amazonita, Turquesa, Quartzo Verde, Calcita Verde.
 

Metal: Bronze (Latão)
 

Saúde: Aparelho Respiratório

Planeta: Vênus


Chakra: Esplênico

Bebida : Vinho tinto (água de coco, caldo de cana, aluá)

Comidas : Axoxô – milho com fatias de coco, Frutas. Carne de caça, Taioba, Ewa – feijão fradinho torrado na panela de barro, papa de coco e frutas.

Numero: 6

Qualidade de Oxóssi:
  • Òdé (como é cultuado na Santeria Cubana e no Candomblé Kêtu)
  • Otin (fundamentado com Ogum)
  • Òdéarólé 
  • Akeran (fundamentado com Oxumarè, Ossãe e Exu)
  • Ajayipapo
  • Danadana (fundamentado com Ossãe e Exu)
  • Apáòka (como filho da Jaqueira)
  • Inlè (é o jovem, fundamentado com Yemanjá, Oxun e Oxanguyan)
  • Irinlè (principal divindade da cidade de Ilobu)
  • Ibualama (o mais velho, fundamentado com Omulu e Oxum)
  • Isambu
  • Karele
Saudação: Òké Aro!!! Arolé! (A saudação de Oxóssi, pode ser traduzida como Aquele que pode falar mais alto, ou, O importante grita mais alto, pois Okê é traduzido como grita e Arõ é uma um termo usado para designar uma pessoa importante.)

Hoje - Dia de São Sebastião

"Antes de ser oficial do Imperador,
Sou Soldado de Cristo."

Hoje é Dia de São Sebastião, padroeiro de diversas cidades, inclusive o Rio de Janeiro, onde é feriado.

É um Santo de grande popularidade no Brasil, tanto que é celebrado em mais de cem cidades. É venerado pela Igreja Católica, Igreja Ortodoxa e pela Umbanda, em que é sincretizado com o Orixá Oxossi.

Pela Igreja Católica, São Sebastião é celebrado a 20 de janeiro, e a Umbanda segue esse calendário. Pela Igreja Ortodoxa, sua celebração ocorre em 18 de dezembro.

É o Padroeiro dos atletas, dos soldados, da infantaria e dos arqueiros e arcabuzeiros (hoje tornados esportistas), dos entalhadores de pedra, dos mestres de tapeçaria, dos jardineiros e dos bombeiros. É também o Protetor contra a peste e outras doenças.

A história de vida e martírio de São Sebastião é duvidosa (assim como a maioria das histórias de mártires), mas é aceita por seus devotos. O próprio nome é, possivelmente, uma invenção para o Santo, pois Sebastião em grego seria "sebastós", que significa "divino", "sagrado", "reverenciado". 

Segundo os registros feitos por Jacques de Voragine, Sebastião era um soldado romano, tornado Capitão da guarda pessoal do Imperador Dioclesiano, a Guarda Pretoriana. Nasceu na Gália, atual França, na cidade de Narbônia, em 256. Foi levado pela mãe para Milão, na Itália, onde foi criado.

Sendo Cristão, embora ocultasse o fato, Sebastião aproveitou-se de sua posição de confiança para auxiliar aos Cristão perseguidos, levando-lhes alentos e evitando o pior para eles, até ser descoberto e tomado por traidor pelo imperador a quem servia. Sebastião foi condenado à morte por flechadas, mas sobreviveu ao martírio, sendo encontrado e cuidado por Irene, que futuramente também seria capturada e martirizada por ondem de Dioclesiano, durante as perseguições que ocorreram por volta do ano 300.

Curado, Sebastião decidiu afrontar o imperador, mostrando a Graça que recebera por sobreviver ao martírio que lhe foi imposto. Longe de ter se sensibilizado com tamanho milagre, Dioclesiano ordenou que o seu ex-Capitão fosse atração do Circo de Roma, onde ele seria espancado até a morte, que ocorreu em 20 de janeiro de 288.

Durante a sua curta existência (apenas 30 anos), Sebastião salvou muitos Cristão, levou fé e esperança para tantos outros, e converteu muitos pagãos, inclusive o governador de Roma Cromácio e o filho dele, Tibúrcio. A conversão de Cromácio se deu, então, após a cura operada por Sebastião, que em troca pediu que o governador abdicasse de toda e qualquer adoração aos Deuses "pagãos".

Séculos após a morte de Sebastião, em 680, quando seus restos mortais foram translandados de uma cidade à outra em Roma, cujo trajeto ocorria uma epidemia de peste - tão comum àquela época - a doença desapareceu desses lugares. Por conta desse milagre, foi atribuído a São Sebastião o título de Protetor contra a peste, e o Santo passou a ser venerado. É também o Protetor da Humanidade, dos feridos, dos enfermos de doenças contagiosas e contra a fome.

Além de Protetor, São Sebastião é o Padroeiro de diversas cidades brasileiras, sendo até feriado em muitas delas, como é no Rio de Janeiro:
Para quem é do Rio de Janeiro e quer ir a uma quermesse, a tradicional Festa de São Sebastião nos Capuchinhos se inicia às 5h da manhã e vai até as 18h, com a saída da procissão às 15h, e missa de hora em hora. A Festa encerra o ciclo novenário que se iniciou no dia 4 de janeiro, na Primeira Sexta-Feira do Ano. Para mais informações, acesse o site da Paróquia.
 

17 de jan. de 2013

Resenha - Paganus, de Simone Marques

Meu Achismo:

Demorei um bocado para adquirir o meu exemplar de Paganus, por acreditar que ele fosse mais um livro sobre bruxas de Literatura Fantástica, até que pintou uma ótima oportunidade de uma promoção pelas mãos da própria autoras, Simone Marques, que aproveitei mais pela vontade de conhecer o trabalho dela (que, até então, só conhecia alguns poucos contos).

Assim como ocorreu com Os Deuses do Mar, do qual apenas conhecia os 3 capítulos que ilustrei, Paganus me surpreendeu muito! Acreditava, sim, que seria um bom livro, bem escrito e trabalhado, mas não esperava pela história densa, profunda e rica que é o livro, na realidade!

Paganus relata uma história sobre “bruxas”, mas não essas bruxas fantasiosas com varinhas de condão. Fala sobre o Povo da Terra e a Magia Natural que se extrai da comunhão com a Natureza e da manipulação consciente de energias.

Aliás, Paganus NÃO É Literatura Fantástica, com a graça de Deus e do Divino Espírito Santo, amém! Mas, sim, um Romance de Época, quase um Histórico, e dos melhores que já li!

A história se inicia no século 17, com os gêmeos Diogo e Douglas Couto, idênticos na aparência, profundamente diferentes no coração, e como tudo muda completamente com a morte prematura da mãe. O pai, Mario Couto, um fraco que pensa ser forte, se entregou à escuridão de seu próprio espírito quando perdeu a esposa, única capaz de mantê-lo à superfície de suas trevas, perdendo-se completamente em seu rancor, resolvendo descontar a sua raiva no mundo.

Passou a treinar arduamente os filhos para a guerra e assumiu o comando da Vila dos Canetos, em Portugal, onde se passa toda a trama, tornando-se um “Dom” e assumindo naquela região a caça às bruxas da Igreja, levando dor, desgraça e destruição às pessoas simples do campo, acusadas das coisas mais horríveis que elas próprias jamais ouviram falar!

A revolta e a indignação são dois sentimentos que te acompanham em quase toda a leitura do livro. Na verdade, há poucos momentos de leveza e descontração, pois a história é alicerçada sobre fatos verídicos e muito tristes (sobre como a Igreja Católica e os perversos que a serviram, destroçaram vidas inteiras, populações inteiras, em nome de uma fé que era apenas uma máscara para encobrir a mais cruel maldade fomentada pelo ser humano). Se já é revoltante que um qualquer apareça e dê pitacos em sua vida, imagine alguém chegar e destruir a tua casa, matar tua gente, só porque você não reza pelo Deus dele! E esse episódio macabro, doentio, que durou séculos, faz parte dos anais da Igreja. Ainda mais revoltante é ver que tal demência perdure ainda nos dias de hoje, embora não se acenda mais piras e queime pessoas (literalmente), mas meter-se com a fé dos outros, dizendo que a sua é a certa e que os outros são os errados, que a sua é de Deus e o resto é do capeta, é tão canalha e hediondo quanto foi a Inquisição.

Voltando ao livro...

Os gêmeos se tornaram homens, ainda tão iguais na aparência, ainda completamente diferentes no cerne. E são obrigados pelo pai a servi-lo em suas caçadas às bruxas, matando inocentes e destruindo vilas. Mas em uma dessas vilas, a vida destes três homens sofre grande mudança, em especial a Diogo, o que era o bondoso e o justo da família, um “cristão com coração de pagão”.

Gleide é a que pode ser verdadeiramente chamada de sacerdotisa da Grande Mãe. Mulher de muita fibra, mas rígida como uma rocha que, apesar de não esmorecer, também machuca. É conhecedora das ervas e possui uma mediunidade muito forte. Na história, pode ser personificada com a face anciã da Deusa, Morrigan. Gostei mais dela no início, mas depois ela me pareceu mais uma velha safada. Ter a sexualidade livre é uma coisa, comportar-se como um animal, é outra. Achei nojenta essa coisa dela de usar o sexo para controlar os homens. É engraçado como uma mulher que quer se mostrar tão superior aos homens se comporte como eles, enfim. Felizmente isso não é uma constante no livro e é mais uma descrição do comportamento da personagem do que propriamente fatos determinantes. Ainda assim é uma personagem que dá vontade de socar às vezes!

Adele é a única filha de Gleide e surge na história como uma moça de 17 anos às vésperas do parto da filha, Danieli. Ela personifica a face mãe da Deus, Dana. É amorosa, romântica e muito compreensiva, apesar da mãe que tem. Diogo se encanta pela beleza da moça e a construção do relacionamento deles é linda! Aliás, as melhores cenas do livro está, em maior parte, na fuga de Adele, Gleide e Diogo, depois que a família do rapaz destruiu a aldeia das mulheres e Douglas quase matou o irmão queimado ao incendiar a casa delas.

Diogo é um dos gêmeos, que cresceu e se tornou um homem belo mas justo. Dotado de verdadeira honra e bondade, porém Simone Marques nos livra dos pieguismos do “otarismo” que geralmente esse tipo de personagem sofre. Ele é bom e justo, mas é forte e firme e se impõe quando acredita ser necessário, mesmo que tenha que tomar atitudes drásticas. A cena de luta dele com o irmão e o último diálogo que tem com o pai em seu leito de morte são antológicos! É um ótimo personagem, um bom modelo para ser seguido na vida real.

E Adele e Diogo formam um casal alquímico, do tipo sonho de consumo para qualquer uma de nós!

Danieli é o bebê de Adele, que nasce na primeira parte do livro. O carinho com que Diogo trata a menina chega a ser comovente. Há uma cena lindíssima em que Diogo ajuda Adele, exausta e meio adoentada, a amamentar a criança!

Na segunda parte, Danieli já é uma moça, e Adele, Diogo e Gleide são colocados numa posição de menor importância na trama. A garota representa a face donzela da Deusa, Brigith. Por ser bonita demais, acaba caindo na ambição luxuriosa de um figurão, dono de vila, e tem que fugir da aldeia em que vivia pacificamente com os pais, a avó e o irmãozinho mais novo, Angus (Mateus). A aldeia paga muito caro por essa fuga e essa é só das primeiras desgraças que estarão no encalço da jovem.

Para se ver livre da ambição do figurão, Danieli acaba noiva de Guilherme, um rapazinho insignificante e apagado. Mas a Simone Marques é muito boa com suas leitoras, então é com grande alívio que se descobre que o ajudante de ferreiro é apenas um elo de conexão.

O livro termina com promessas de continuação. Danieli parte de Portugal para o Brasil, com seu irmãozinho Mateus, com o cara certo Antônio (irmão de Guilherme) e com o bebê em seu ventre, que será a sua maior missão perante a Grande Mãe.

Achismo Final:

O livro é longo e complexo. Tive a impressão de que há 2 histórias num só livro, o que acabou sobrecarregando muito com informações, deixando difícil a tarefa de resenhar. No meu humilde achismo, preferia transformar em dois livros distintos, formando uma série.

É um Romance de Época, é uma Ficção que retrata com riquezas de detalhes uma época conturbada de fins de Idade Média, já entrando no Iluminismo, mostrando um Portugal que chegava ao final de sua glória e a descoberta e povoamento de novas terras, em especial o Brasil, que se tornará o coração do mundo, onde Danieli tem a sua missão a cumprir.

Confira a Entrevista exclusiva de Simone Marques sobre o livro - foi um gostoso batepapo por email que você também pode degustar ;)

16 de jan. de 2013

Envio de Livro

Mais um livro de sorteio enviado à ganhadora!

Desta vez foi para Genilda Silva, a mega ganhadora da mega promoção de Natal.

Eu fiquei encarregada de enviar o livro "Réquiem para o Natal", em nome do autor Ronaldo Luiz de Souza. Pois hoje saldei essa minha dívida. A próxima será o meu próprio livro, Caleidoscópio, que está no finalzinho da revisão e últimos retoques antes de ir para a gráfica Clube de Autores.

Para quem quiser conferir o rastreamento da encomenda pelos Correios, o link é esse.

Até o próximo envio.

13 de jan. de 2013

Hoje - Festa do Bonfim e Nossa Senhora da Guia

Na última quinta-feira, dia 10, teve início a celebração de Nosso Senhor do Bonfim, começando com a procissão que levou mais de 200 devotas até a Igreja, para lavar a escadaria com água de cheiro e muitas flores. A essa celebração dão o nome de Lavagem do Bonfim.

Porém, hoje é o dia que se comemora o Nosso Senhor do Bonfim, sempre no segundo domingo após o Dia de Reis ou, dentro da liturgia, a Epifania do Senhor. A diferença entre a primeira celebração e esta segunda, é que a Lavagem é um ritual afro-religioso, do Candomblé. Já a Festa de Bonfim é uma celebração católica, porém uma está atrelada à outra, por mais que alguns devotos de ambas religiões queiram negar tal simbiose. A mistura está feita e finish. É isso que torna tudo mais belo.

Há mais de 250 anos, em 1754, o Capitão Theodózio Rodrigues de Faria construiu a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador, na Bahia, para entronizar a imagem que viera de Portugal muitos anos antes, em 1745. A Igreja, construída num ponto estratégico chamado Colina Sagrada, tornou-se o centro das peregrinações pela devoção ao Cristo, que nas religiões de matriz africana é sincretizado com Orixalá ou Oxalá (em sua qualidade de "Mais Velho", Oxalufan).

Theodózio Rodrigues de Faria era o Capitão-de-mar-e-guerra da Marinha portuguesa. Durante uma violenta tempestade, ele fez uma promessa de levar uma imagem de seus santos de devoção para o Brasil, se sobrevivesse. O Capitão português sobreviveu e, em 18 de abril de 1745, trouxe para o Brasil, especificamente para Salvador, na Bahia, as imagens de Nosso Senhor do Bonfim e Nossa Senhora da Guia, que permaneceram por quase 10 anos na Igreja da Penha, na Península de Itapagipe, até que o templo definitivo para abrigar as imagens fosse concluída, o que ocorreu somente em 1754. Essa imagem de Bonfim é uma réplica perfeita em madeira da imagem da igreja de Setúbal, em Portugal, cidade natal do Capitão.

Desde a transferência das imagens de Igreja da Penha para a Igreja de Bonfim, em que ocorreu com grande celebração através de uma procissão e missa solene, que a Festa religiosa se tornou uma tradição, jamais perdendo a sua força e grandeza.

A Lavagem do Bonfim se iniciou em 1773, quando os escravos eram obrigados a lavar o interior da igreja para prepará-la para a Festa de Bonfim, sempre no segundo domingo após o encerramento das celebrações natalinas. Porém, os escravos acabaram incorporando ao trabalho obrigatório um halo de sua própria religiosidade, ao identificarem o Senhor do Bonfim com Oxalá. Então, de trabalho obrigatório, passou a ser um ritual de purificação. Mas a Igreja Católica interveio, por crer que aquilo era uma profanação. A Arquidiocese da Bahia proibiu a lavagem do templo, e até hoje as portas permanecem fechadas durante o ritual, que ficou restrito ao átrio e às escadarias.

Portanto, a Lavagem é um ritual afro-religioso, enquanto a Festa é uma celebração católica, mas ambas estão tão atreladas uma a outro que é impossível separá-las e, certamente, se for feito, uma ou outra desaparecerá.

As tradicionais e místicas Fitas do Bonfim:

A fitinha do Bonfim é um amuleto típico da Igreja de Nº Sr do Bonfim, que virou quase um símbolo de Salvador, sendo o souvenir mais procurado de todos, quase que uma obrigação de quem visita essa bela cidade.

A primeira fita do Bonfim data de 1809, chamada de "medida do Bonfim", já que ela tinha o comprimento do braço direito da imagem entalhada de Cristo, que fica no altar-mor da Igreja. Essa fita se perdeu na metade do século passado, mas se tornou popular através dos hippies baianos, que a aderiram como enfeite, enrolando-as nos pulsos.

As primeiras Fitas eram confeccionadas em seda, com a imagem de Cristo e os dizeres bordados a mão. Certamente, verdadeiras relíquias! E eram usadas no pescoço, como um cordão para prender as medalinhas.

Na tradição popular, ao amarrar uma fitinha no pulso, o devoto deve fazer três pedidos para os três nós que dará, e manter essa fita até que ela se rompa naturalmente. Os pedidos devem ser feitos mentalmente e guardados em segredo.

Pelo lado do sincretismo religioso, cada cor da Fita do Bonfim a remete a um Orixá específico:

Verde(escuro ou claro): Oxossi
Azul claro: Iemanjá
Amarelo: Oxum
Azul escuro: Ogum
Colorido ou rosa: Ibeji(erê) e Oxumaré
Branco: Oxalá
Roxo: Nanã
Preta com letras vermelhas: Exu e Pomba gira
Preta com letras brancas: Omulu e Obaluaê
Vermelha: Iansã
Vermelha com letras brancas: Xangô
Verde com letras brancas: Ossain

Amuleto, souvenir, religiosa, milagrosa, representação da fé ou simplesmente muito fashion... o fato é que não se pode ir à Bahia e voltar sem uma fitinha!

NOSSA SENHORA DA GUIA:

Nossa Senhora da Guia é a Padroeira dos Navegantes, daí entende-se a enorme devoção do Capitão Theodózio Rodrigues de Faria, que trouxe de Setúbal, Portugal, uma réplica entalhada da imagem. A Igreja de Nosso Senhor do Bonfim foi construida para abrigar a imagem de Bonfim e de Nossa Senhora da Guia, em 1754.
A devoção em Portugal é grande, mas essa qualidade de Nossa Senhora se originou na Igreja Cristã Ortodoxa Grega, como a Condutora, a Guia de Jesus desde o nascimento (óbvio, era a mãe dele!).
Posteriormente foi aderida ao panteão da Igreja Católica Romana e seu culto foi espalhado pelo mundo, sendo considerada a Guia e Protetora do Povo de Deus (nós).
A celebração litúrgica de Nº Srª da Guia se dá em 15 de agosto, porém essa data muda conforme o local de culto. No Brasil é considerado uma celebração móvel, sendo hoje dia 13 de janeiro, o segundo domingo após a Epifania do Senhor. Comemora-se juntamente com Nº Sr do Bonfim porque seu culto foi trazido junto com o dele.
Oração de Nº Srª da Guia:
Ó Virgem Senhora da Guia, a Vós recorro pedindo vosso amparo e proteção. Sois Mãe de Deus, da Igreja e também minha Mãe. Por isso "todas as gerações vos proclamam Bem Aventurada!" Alcançai-me de Vosso Filho Jesus a graça que humildemente Vos peço. Ajudai-me a "fazer aquilo que Ele me mandar". Que o mundo receba o "Reino de Deus" para escutar as palavras consoladoras: "Feliz, porque acreditaste". Sede Luz e Guia para todos os que Vos invocam. Ajudai-nos a ouvir e a guardar a palavra de Deus. Intercedei pelos doentes, famintos, oprimidos, criancinhas, e por todos os que sofrem, e não Vos esqueçais dos pobres pecadores. Rezar três Ave-Marias, com a invocação: Nossa Senhora da Guia, rogai por nós.
Oração de Nº Sr do Bonfim:
Meu Sr. Do Bonfim, acho-me na Tua presença, humildemente, para receber de Ti, todas as graças que quiseres me dispensar.
Perdoai-me, Senhor, por todas as faltas que porventura eu tenha cometido por obra ou pensamento.
Fazei-me forte para vencer todas as tentações e malfeitos do inimigo. Que o sagrado Orixá Ogum corte com sua espada todos os males que de mim se acercarem.
Que Yemanjá, Raínha do Mar, com a Tua proteção, leve sob grilhões para o fundo do mar toda a inveja que sobre mim, recair;
Que Oxum leve consigo todas as lágrimas que eu tenha a chorar,para nunca o desespero ou a desgraça me alcançar;
Que Ossanha afaste de mim todas as tempestades para os ventos da bonança me trazerem prosperidade;
Que toda a fortuna do mundo possa chegar aos meus pés,com a proteção do grande orixá Oxum-Maré;
Que Xangô do alto da sua Santa Pedreira solidifique todos os bens que eu alcançar.
Salve o Sr. do Bonfim, salve todos os orixás, que me protejam na vida, para nada me faltar.
( essa oração serve como descarrego).
FELIZ DIA!
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