27 de jul. de 2013

Resenha – Acanãs, de Julio Rocha.

Eu ganhei esse livro num sorteio em outubro de 2011, durante o Halloween Literário promovido pela Livraria Nobel, no Shopping Recreio. Foi quando tive a oportunidade de conhecer ao vivo vários autores e autoras da nossa nova Literatura Nacional, incluindo o Autor de Acanãs, Julio Rocha, de quem recebi pessoalmente o livro que somente agora resenho.

Acanãs, Aequilibrium, se desenvolve a partir de uma lenda indígena de tribos que viviam na região onde hoje é o Rio de Janeiro, Acanã e Aioa, inimigas ferrenhas que se mantêm em guerra pela posse da Lança Iandê, um artefato mágico capaz de evitar catástrofes naturais ou, se utilizada por um mal intencionado, capaz de destruir lugares inteiros, manipulando as forças da Natureza.

Os dias são os atuais e o lugar é o Rio de Janeiro, palco da história que reviverá uma antiga lenda indígena, uma guerra tribal mal resolvida e o alvo de uma destruição em massa.

A lenda fala de 6 bravos guerreiros com poderes sobrenaturais, que são os guardiões naturais da lança mágica Iandé, que lutam para que o mal não atinja a terra em que vivem. E essa lenda ganha contornos reais quando um acanã é sequestrado pelo clã Aioa, para obter a localização do esconderijo do artefato, desaparecido há mais de 100 anos. Tudo nessa lenda é real, inclusive o poder milagroso e devastador de Iandé.

Meu Achismo:

Em Acanãs, Julio Rocha usou todos os recursos para uma história de sucesso: um romance entre pessoas de clãs inimigos; magia; sobrenatural; pessoas comuns que acordam um belo dia com poderes incríveis; lugares reais em que o leitor pode se situar; a luta entre o bem e o mal. O melhor foi a utilização de um tema completamente fora dos padrões atuais de anjos – lobos – vampiros.

Com tantos elementos legais, era para Acanãs se tornar um best-seller, mas faltou algo muito importante: feeling. Faltou emoção, faltou mais humanidade aos personagens muito estereotipados.

A narrativa é impecável, mas é seca, rascante. Se fosse verbalizada, teria a voz de algum locutor do Loquendo. Sem a prosa, o Romance de aventura fantástica se tornou quase um texto técnico – ou, talvez, houve técnica demais. E Literatura é Arte e não Ciência Exata.

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