24 de jul. de 2013

Resenha – Cítrico, de Simone Marques



Cítrico é a continuação de Agridoce, e é o segundo livro da Saga Sabores do Sangue (nome bastante sugestivo, né?), da Autora Simone Marques.

Em Cítrico, continuamos a acompanhar os gostos e desgostos das descobertas de uma vida inteiramente diferente para Anya, que começa a despertar também para outros sentidos que a deixam amedrontada, afinal ela foi tão tolhida em sua liberdade pela criação do pai, Edgar, que sua verdadeira personalidade ficou soterrada. Agora, sob sua nova condição de vida, de uma condição especial que a faz necessitar de sangue alheio, a liberdade antes cerceada, parece vir cobrar reparação, e a personalidade independente e temerária tão bem encoberta por Edgar vem a tona causando confusões no percurso.

Mas há algo em Anya ainda mais profundo e denso. Em sua condição especial de Portadora – uma forma natural e nada de vampirismo – ela é ainda mais especial, entretanto de uma forma sinistra que a coloca sob a mira de um poderoso Portador, que pensa ser superior a todos os outros: Sid.

Neste livro, as ações dos Caçadores são mais enfatizadas, mostrando serem eles os monstros da trama. Porém, há aqueles que se horrorizam com sua condição, como é o caso de Dante, que é abordado por esse grupo de “justiceiros do sangue” que age como verdadeiro bandido, pois, sob a alegação de livrar o mundo do mal, assassinando os Portadores, esses Antagonistas ameaçam, sequestram, estupram, torturam e barbarizam suas vítimas. E Dante será coagido a se unir a eles para caçar a sua Portadora, com quem terá uma relação dúbia, contraditória, que poderá leva-lo à loucura.

Meu Achismo:

Cítrico está muito mais introspectivo em relação a Agridoce, o primeiro livro da Saga Sabores do Sangue, e o seu ritmo é mais lento. Simone Marques se focou mais nos relacionamentos forçados pela condição do sangue, que afeta além da esfera Escravo – Portador – Antagonista, atingindo a todos que estão ligados a essas três personagens, unidas pelo destino de uma forma nada romântica e que ainda poderá ser muito trágica.

A condição além de especial de Anya faz dela um chamariz para os homens e, nesse ponto, eu acho que a Autora exagerou e muito, embora na vida real haja muitas mulheres e até garotas que muito adorariam ser desejadas por todos os homens que cruzem seus caminhos, seja jovem ou velho, seja lindo ou horroroso. Eu, como sou careta, gosto no máximo de um triangulo amoroso, afinal, como dita a sabedoria popular, três é demais! Imagine, então, 4, 5, 10 ou 20?!

Gostei que Daniel tenha tido a sua chance, que foi merecida. Ele é um personagem bacana, embora, eu acho que, o coração de Anya jamais pertencerá ao seu delicioso Escravo.

A história ainda está inconclusa. Terá uma continuação no próximo livro, o Etílico. Se em Cítrico a história foi ácida em suas ações até mesmo cruéis (por parte dos Caçadores), será que Etílico será explosiva e inebriante, como sugere o seu título?

Blog Oficial - Livro Agridoce.
Veja a resenha de Agridoce.

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