30 de mar. de 2016

Testando Material de Desenho - parte 04


Testando Material de Desenho, parte 4

Olá, ó nós aqui de volta!

Fiquei uma semana sem internet e juntando isso aos dias normais que já não tenho acesso mesmo, devo estar com quase duas semanas de dívida de postagem. Felizmente tem vários "Momento Espírita" já programados para entrar no ar, senão o blog voltaria ao estado em que ficou por um ano e meio: às moscas virtuais.

E acho que você já deve ter ficado de saco por ver tanto "Momento Espírita" em sequência, não é? Eu também... Variedade faz bem pra alma!

Então... na última postagem do "Testando Material de Desenho", eu prometi que traria o teste com uma belezinha que havia adquirido naquela semana, só que acabei ainda não fazendo isso XD~ pois essa tal belezinha requer algo um pouco mais elaborado... refiro-me ao Lápis de Cor Artístico Polycolor com 24 Cores, Seleção Retrato, da Koh-I-Noor, e é preciso fazer algo no mínimo prestável para valer desgastar essa preciosidade, o que não estou podendo atualmente, mas espero alcançar em breve!

Portanto, voltei ao roteiro original (tinha isso??) e fui "testar" o Ecolápis de Cor Faber Castell, 48 cores de mina permanente, linha escolar. Testar entre aspas, porque Faber Castell dispensa testes de qualidade. Acho que o testar é mais para as minhas habilidades mesmo. De qualquer forma, o teste serviu para eu perceber o QUANTO a Faber melhorou a sua linha escolar nos últimos vinte anos! Sim! Porque a última vez que tive uma caixa dessa linha e marca foi há muito e muito tempo, talvez até mais que vinte anos. Tive por muito tempo um estojo da linha profissional da Faber, o Polychromos, com 48 cores, que fiz a insanidade de vender há uns dois anos (e pedi só R$ 70 com frete incluso T_T és uma anta meRmo!!). E fazendo a comparação, essa linha escolar Ecolápis está com a mesma qualidade, ou até um pouquinho mais, da linha profissional de duas décadas passadas! Exatamente isso: Ecolápis superou as minhas expectativas :D

E vamos ao que interessa \o/

O material de pintura usado é esse mesmo da imagem ao lado: Ecolápis de Cor Faber Castell, 48 cores, com mina permanente, isto é, não é aquarelável.

Apesar de Faber Castell ser uma marca com material de ótima qualidade, isso não quer dizer que jamais dê seus tropeços, afinal nem tudo é perfeito.

Dois itens me desgostaram nessa caixa de 48 cores: 

>> Haver duas cores totalmente dispensáveis, pois não acrescentam em nada: dourado e prateado, numa infrutífera tentativa de fazer parecer metálico. São cores esmaecidas, que não oferecem uma boa mixagem com outras cores e tampouco oferecem a impressão de metal à pintura. É mais interessante se conseguir o efeito metálico através da própria pintura do que usar esse artifício bobo.

>> A própria caixa em si, que poderia ter sido melhor projetada. Não há divisão interna para separar as duas fileiras de lápis, o que dificulta guardar de forma organizada os lápis, de acordo com a gradação de cores, faltando a praticidade. Já houve muitas caixas da Faber que se "transformavam" em um estojo organizador, como aconteceu com a versão comemorativa Ecolápis 60 cores. No estojo organizador, feito a partir da própria parte interna da caixa, além de deixar os lápis bem expostos, podem ser organizados de acordo com a tabela de cores e nomes impressos no próprio cartucho. Isso nem é um investimento que encarece o produto para que não faça parte das demais caixas, pelo menos as de 36 e 48 cores, afinal o produto nem é tão barato assim que justifique esse tipo de economia boba, se é que gera alguma economia algo desse tamaninho para uma empresa do tamanhão da Faber.

Indo ao que interessa...

Como já havia comentado, ainda não estou segura o suficiente para fazer novos desenhos, embora já tenha ensaiado alguns rabiscos nos últimos dias. Ainda tenho alguns desenhos sem colorir, outros apenas esboços, e estou aproveitando esses para fazer os testes com os materiais de pintura recentemente adquiridos.

Fuçando as tralhas socadas no corredor dos fundos de casa, encontrei alguns materiais jogados por lá, sendo que havia um bloco de papel para desenhos técnicos e artísticos, embora de qualidade sofrível, sendo que um Chamex só não é melhor por causa da gramatura... nesse bloco, além de várias folhas em branco, havia dois esboços de ilustrações para a Fanfic Animago Mortis! Isso quer dizer que eles estavam esquecidos há, pelo menos, 10 anos! E esquecidos mesmo, pois não lembrava nem do bloco, quanto mais dos rabiscos! Como tudo pode ser reciclado, aproveitei a segunda ilustração (que seria de Hermione lendo para Bichento) para fazer o teste com o Ecolápis de Cor Faber Castell 48 cores.

 


Comecei como costumo começar minhas pinturas: pela base. Se é uma figura humana, começo pela base do tom de pele, sempre o mais claro, mesmo que seja uma pele escura.

Na primeira imagem está o esboço puro com o teste de todas as 48 cores da caixa rabiscado ao lado, formando um degradê. Na segunda imagem, já fiz a aplicação da cor base na menina e no gato. Na terceira, a luz e sombra na pele da garota e os detalhes e sombras no pelo do gato. Na quarta imagem, já fiz a aplicação de cor no vestido e nos cabelos, que já estão detalhados.

Mas você não está aqui para ler o meu processo de pintura, certo? Pois vou comentar o meu achismo sobre o lápis, pode deixar. Ao contrário do Noris Club da Staedter que usei na pintura de Karol, o Faber Castell tem uma mina mais macia, provavelmente é de gramatura 2B (o primeiro é de gramatura HB), com uma pigmentação melhor e com as cores mescláveis entre si, mesmo em pequenos detalhes (não ocorre aquela "impermeabilização" de que reclamei no teste com o Noris Club). Como pode notar pelas cores mais claras (bege, ocre e amarelo), elas pigmentam muito bem, deixando as cores bem aparentes, com boa cobertura. Na pelagem do gato é melhor visualizado a mesclagem entre as cores, em que não foi necessário nenhum esforço para a cor escura do rajado dos pelos se sobressair. Embora a qualidade das cores e pigmentação do lápis sejam boas, a aparência suja do desenho se deu por causa do papel e do rascunho ter sido feito em lápis 4B ou 6B, e isso me serviu de duas boas lições: sempre usar um papel de qualidade para os desenhos, por mais despretensiosos que eles sejam, e não usar grafite de alta gramatura para o esboço! Daí que terei que apelar para os grafites de minas mais duras, como o HB ou 2H.

Quanto à má qualidade do papel utilizado, esse não me permitiu fazer uma pintura melhor nos cabelos, que já são detalhados, dificultando mais a pintura. Daí que ficou pintado meio de qualquer jeito. A minha intenção era fazer a menina com a pele bem escura, mas não consegui o meu intento. Ficou sendo uma morena jambo mesmo. Por ter muito mais pigmentação, acho a pele negra mais difícil de colorir, ainda mais quando esta reflete matizes das luzes. É caso para um estudo específico e aprofundado no uso das cores para peles negras.


Terminado o processo de coloração da menina e do gato, o passo seguinte foi colorir o cenário. Só que aqui me deu um branco daqueles e eu, simplesmente, esqueci de fotografar esse processo! Não me pergunte como esqueci de algo tão básico como isso, porque não sei responder! Acho que estava tão empolgada com a pintura que me desliguei dos detalhes!

Então, nas figuras um e dois, vemos o detalhe do rosto da menina e as costas do gato. Ampliando a imagem, dá pra ver melhor como ficou a pintura. Só não tenho muita habilidade com isso, então não é algo muito apreciável. Mas está muito bom para perceber a transição das cores de uma para outra, as cores empregadas e as que conseguiram se mesclar. E na última imagem, temos o desenho finalizado.

Para fazer a folhagem, foram usadas as seguintes cores: amarelo para as bordas da folhagem, para dar a impressão de incidência da luz solar; ocre para o fundo, uns três tons de verde e marrom para dar profundidade. No céu, foram usados três tons de azul, além da tentativa de fazer um degradê, sendo mais escuro o firmamento. A mesma tentativa de degradê foi usada na parede. Para o lençol branco da cama usei apenas dois tons de cinza para fazer a sombra, e uns rabisquinhos toscos para simular estampa. Na imagem abaixo, temos a arte finalizada, e ainda com algumas gracinhas feitas no aplicativo Photo Grid. 

Resumindo meu Achismo:

A qualidade do Ecolápis Faber Castell é muito boa: 
 >> tem boa pigmentação, formando uma boa cobertura de cor, mesmo os tons mais claros;
 >> há facilidade para mesclagem de cores;
 >> a mina é macia, apesar de ser permanente, provavelmente é de gramatura 2B;
 >> a madeira do lápis tem boa qualidade, não trava o apontador, além de ser de madeira proveniente de reflorestamento (mas bem que já se pode desenvolver algum material sintético para substituir a madeira);
 >> não encontrei nenhuma "pedrinha" de pigmento em qualquer das cores que utilizei;
 >> as cores são vivas e a caixa ainda traz cores mais moderninhas, tipo o lilás e amarelo limão, embora traga os dispensáveis prata e ouro; 
 >> com habilidade, consegue fazer belos trabalhos com esse material de linha escolar;
 >> a caixa poderia ter um estojo interno para melhor organizar os lápis, ou poderia haver a opção de estojo metálico para essa linha também, ao menos para os conjuntos de 36 e 48 cores.  

Fiz uma busca, inclusive no próprio site da Faber, sobre as especificações técnicas do ecolápis: não encontrei nada. Olhei alguns blogs (e parece que é moda também fazer "resenha" de lápis de cor), e novamente nada. Mas vi muita reclamação sobre a mina dos lápis quebrarem à toa ou quando são apontados... gente, isso não é um defeito de fabricação, mas consequência de pequenos acidentes como a queda do próprio lápis ou da caixa inteira. Os impactos, mesmo que não pareçam ser grandes, causam a fragmentação da mina e ocorre a quebra ao utilizar ou apontar o lápis. Portanto, cuide bem do seu material e torça para que ele já tenha sido bem cuidado antes na loja e no transporte. Com cuidados básicos, como deixar os lápis guardados em caixa (seja a própria ou algum estojo), de preferência sem atrito uns com os outros, evitar umidade, poeira e calor intenso, você terá um material em boas condições por muitos anos.

Até o próximo Testando Material de Desenho... e, olha, há um bocado de material para ser testado, rs. Sou meio compulsiva, sabe? hihi XD~


29 de mar. de 2016

Momento Espírita 018

Aceitação

Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação.

É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições.

A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento.

Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado.

Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação.

Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras.

Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções.

Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos.

Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé.

Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação.

A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta.

É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.

Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las.

É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário.

No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.

Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida.

É nos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer.

* * *

Estamos nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de renascimento no corpo físico.

Os sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas.

Lembremos que todas as dores são transitórias.

Quando elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos crescer em direção a Ele.

Busquemos, desse modo, as fontes profundas do amor a que se reporta Jesus que o viveu, e o amor nos dirá como nos devemos comportar perante a vida, no crescimento e avanço para Deus.

Redação do Momento Espírita, com base
no texto Aceitação, de autoria desconhecida e com parágrafo final do
cap. 20, do livro Terapêutica de emergência, por diversos Espíritos,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 9.10.2012.
http://www.momento.com.br/pt/textos.php

28 de mar. de 2016

Momento Espírita 017

Ação Ponderada

Pequena análise do comportamento humano nos permite perceber o quanto somos capazes de muito reagir e de pouco agir.

Basta uma pequena rusga no trânsito, alguém que altere a voz em uma discussão, e a reação acontece.

Ou ainda, que alguém nos trate rispidamente, ou que falte com a polidez para conosco para que desencadeie uma imediata reação em nós.

Reagimos de maneira impulsiva, algumas vezes, até violenta, e, consequentemente, impensada.

Reagimos, de súbito, para logo mais percebermos que poderíamos ter agido diferente.

Qual animal ferido ou acuado, reagimos para nos defender, sem analisar, refletir ou pensar.

Assim se dá porque vinculados a comportamentos ancestrais, trazemos o ímpeto de reagir, por impulso, por instinto, sem raciocinar.

E, somente depois, a razão nos convida a avaliarmos as consequências do que foi dito, ou a maneira como nos comportamos.

Por outro lado, somos sempre vítimas de nossas reações, enquanto a ação nos permite tomar a atitude que escolhemos, o procedimento que achamos mais adequado.

Se a reação é instintiva, a ação é racional e reflexiva.

Se ao reagir não nos damos conta ou não nos apercebemos do estrago que podemos causar, o agir é analisado e pensado.

Dessa forma, se já percebemos que nossa reação gera muito mais dificuldades e problemas do que soluções e tranquilidade, faz-se hora de trocarmos a reação pela ação.

Por exemplo, se fazemos silêncio quando alguém nos dirige impropérios, é a ação da paz que foi nossa opção.

Fácil seria revidar na mesma moeda, reagir da mesma forma.

Desafiador é evitar a armadilha da reação e, lucidamente, optar pela clareza da ação.

Se alguém nos aborda de maneira grosseira, e respondemos com gentileza, paciência e calma, é a ação da nossa compreensão para com o outro.

Talvez fosse mais fácil, pela força do hábito, nos comportarmos com reciprocidade, devolvendo a grosseria que recebemos.

Porém, o grande desafio é deixar de reagir, escolhendo o agir, que gerará sempre melhores resultados, posto que é fruto do equilíbrio e da reflexão.

E a transformação do nosso comportamento acontecerá paulatinamente e será o resultado da disciplina no pensar, que gera o hábito da reflexão, culminando pelo desarmar de nossas atitudes.

Portanto, já não mais vítima das palavras rudes, do comportamento infeliz ou da atitude impensada.

Que a análise e reflexão de nossas atitudes possam fazer com que, aos poucos, a reação ceda lugar a ações, pautadas em um comportamento de paz, lucidez e fraternidade.

* * *

Quando reagimos, revidando ofensas, agressões, descuidos alheios, passamos a sintonizar com quem as produziu.

A partir daí, mantemos uma interdependência psíquica, que nos aprisiona em nuvens mentais de sentimentos malsãos, que somente nos prejudicam, física e espiritualmente.

Optemos sempre pela ação ponderada e gozemos de saúde, de tranquilidade, vivendo sem sintonia com aqueles que ainda transitam pelas faixas da inconsequência ou da maldade.

Façamos isso e nos sentiremos leves, felizes, plenificando-nos com as celestes bênçãos.

Redação do Momento Espírita.
Em 30.6.2014.
http://www.momento.com.br/pt/textos.php

27 de mar. de 2016

Páscoa 2016


Na Páscoa, chocolates à vontade
em ovos, com recheio e com bondade!
Presentes de um simpático coelhinho,
que, às vezes, inda manda brinquedinhos.

Aquele ovo da Páscoa, embrulhado
num belo papel todo decorado,
a mãe, o pai, em casa, quem não quer?
Dá ele água na boca de um qualquer!

Destaca o calendário a este dia,
pois grande é seu valor para o cristão
que vai comemorar: - Ressurreição!

Assim, este domingo é de alegria!
Bom vinho e bacalhau servido â mesa,
porém, não acontece onde há pobreza!

Momento Espírita 016

Ação ou Reação?

De um modo geral, costumamos reclamar de tudo que nos ocorre. Reclamamos do congestionamento do trânsito, da chuva que nos surpreende à saída do escritório, da demora no atendimento do serviço público, da incompetência de profissional contratado etc, etc...

Contudo, o que é importante não perdermos de vista é como reagimos a esses contratempos. Habitualmente, nossa reação é de irritabilidade, nervosismo, quase agressividade.

No entanto, da forma como encaramos as situações adversas, seremos mais ou menos felizes.

Vejamos: se ao nos prepararmos pela manhã, descobrimos a camisa não tão bem passada, podemos descarregar nossa raiva em quem consideramos responsável.

Nossas exclamações envolverão a funcionária, a quem chamaremos de inabilidosa, irresponsável, preguiçosa. No entanto, serão os afetos mais próximos que nos ouvirão a voz alterada e as altercações em desequilíbrio.

Dessa forma, contaminaremos, com fluidos deletérios, a ambiência doméstica.

A esposa poderá se magoar com as observações, acreditando que, no fundo, a estamos recriminando também, porque ela poderia ter revisado o trabalho da funcionária.

Os filhos, aguardando que os conduzamos à escola, se assustam com os gritos, em pleno início da manhã. O bebê chora, no berço, despertado pelo barulho.

Instala-se o caos. Por fim, solucionada a questão com a escolha de outra camisa, apanhamos as chaves do carro, ordenamos que as crianças andem rápido porque, afinal, perdemos precioso tempo.

Depois saberemos que um dos meninos recebeu falta, por ter se atrasado. O outro, recebeu reprimenda.

No escritório, todos nos aguardam na sala de reuniões. Estamos atrasados e a reunião começa tumultuada. Que dia!

* * *

Voltemos ao início da manhã e recomecemos. Encontramos a camisa mal passada, a deixamos de lado e escolhemos outra.

Beijamos o bebê que mama tranquilo. Chamamos as crianças, conferimos se apanharam tudo: a mochila, o agasalho e saímos tranquilos.

Todos chegam ao local dos seus deveres, sem atrasos, sem irritação.

Percebemos como uma simples ação, perante um inconveniente, tem o condão de permitir horas sequentes de paz ou de desarmonia?

Nossa vida é sempre assim.

Existem acontecimentos sobre os quais não mantemos o controle, como o atraso da condução, as bruscas alterações do clima, as ruas congestionadas, um pequeno acidente de trânsito...

Dizem que esses correspondem a dez por cento. Mas, sobre a grande maioria, noventa por cento das situações, temos amplo gerenciamento.

A forma como encaramos pequenos transtornos, determinarão horas de paz ou de grande intranquilidade.

Façamos a experiência. Em vez de reagir, de forma negativa, vamos agir, positivamente. Contornemos, administremos, encontremos soluções para problemas que se apresentem.

Não nos estressemos, não sobrecarreguemos nosso organismo com cargas ruins, gozemos de tranquilidade.

Isso para sermos mais felizes em cada um dos nossos dias, e fazermos felizes aos que nos amam.

Redação do Momento Espírita.
Em 13.9.2013.
http://www.momento.com.br/pt/textos.php

26 de mar. de 2016

Momento Espírita 015



Ação de Paz

A paz é um dos tesouros mais desejados nos dias atuais. Muito se tem investido para se conseguir um pouco desse bem tão precioso.

Mas, será que nós, individualmente, temos feito investimentos efetivos visando tal conquista?

O que geralmente ocorre é que temos investido nossos esforços na direção contrária, e de maneira imprópria.

É muito comum se desejar a paz e buscá-la por caminhos tortos, que acabam nos distanciando dela ainda mais.

O Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, escreveu, certa feita, uma mensagem que intitulou Ação de paz:

Aflição condensada é semelhante à bomba de estopim curto, pronta a explodir a qualquer contato esfogueante.

Indispensável saber preservar a tranquilidade própria, de modo a sermos úteis na extinção dessa ou daquela dificuldade.

Decerto que, para cooperar no estabelecimento da paz, não nos seria lícito interpretar a calma por inércia.

Paciência é a compreensão que age sem barulho, em apoio da segurança geral.

Refletindo com acerto, recebe a hora de crise sem qualquer ideia de violência, porque a violência sempre induz ao estrangulamento da oportunidade de auxiliar.

Diante de qualquer informação desastrosa, busca revestir-te com a serenidade possível para que não te transformes num problema, pesando no problema que a vida te pede resolver.

Não afogues o pensamento nas nuvens do pessimismo, mentalizando ocorrências infelizes que, provavelmente, jamais aparecerão.

Evita julgar pessoas e situações em sentido negativo para que o arrependimento não te corroa as forças do Espírito.

Se te encontras diante de um caso de agressão, não respondas com outra agressão, a fim de que a intemperança mental não te precipite na vala da delinquência.

Pacifica a própria sensibilidade, para que a razão te oriente os impulsos.

Se conservas o hábito de orar, recorre à prece nos instantes difíceis, mas se não possuis essa bênção, medita suficientemente antes de falar ou de agir.

Os impactos emocionais, em qualquer parte, surgem na estrada de todos; guarda, por isso, a fé em Deus e em ti mesmo, de maneira a que não te afastes da paz interior, a fim de que nas horas sombrias da existência possa a tua paz converter-se em abençoada luz.

As palavras lúcidas de Emmanuel nos sugerem profundas reflexões em torno da nossa ação diária.

Importante que, na busca pela paz, não venhamos a ser causadores de desordem e violência.

Criando um ambiente de paz na própria intimidade, poderemos colaborar numa ação efetiva para que a paz reine em nosso lar, primeiramente, e, depois possa se estender mundo afora.

Se uma pessoa estiver permanentemente em ação de paz, o mundo à sua volta se beneficiará com essa atitude.

E se a paz mundial ainda não é realidade em nosso planeta, façamos paz em nosso mundo íntimo. Essa atitude só depende de uma única decisão: a nossa.

* * *

A nossa paz interior é capaz de neutralizar o ódio de muitas criaturas.

Se mantivermos acesa a chama da paz em nossa intimidade, então podemos acreditar que a paz mundial está bem próxima.

Porque, na verdade, a paz do mundo começa no íntimo de cada um de nós.

Redação do Momento Espírita, com base em
mensagem do livro Urgência, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM.
Em 17.6.2013.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...